A Petrobras está analisando a possibilidade de realizar ajustes nos preços dos combustíveis no mercado interno do Brasil. O preço do barril de petróleo tipo Brent aumentou cerca de 35% nas últimas semanas, variando entre US$ 90 e US$ 95. Especialistas têm a perspectiva de que o preço do barril de Brent possa ultrapassar a marca de US$ 100. Os países árabes e russos mantêm uma oferta reduzida para impulsionar os preços do petróleo e seus derivados.
De acordo com importadores, atualmente, existe uma defasagem nos preços domésticos no Brasil em comparação com os valores internacionais. No caso do diesel, a diferença é estimada em 13% a 14%, enquanto a gasolina apresenta uma diferença em torno de 10%. Aurélio Amaral, ex-diretor da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), comentou sobre a possibilidade de um novo reajuste nos preços do diesel e da gasolina.
Ele afirmou: “A expectativa é de que haja um novo reajuste como um teste da nova política da Petrobras, visto que temos a necessidade de importar 30% da nossa demanda de diesel.” A alta cúpula da Petrobras está realizando análises diárias para determinar por quanto tempo é viável manter os preços atuais dos dois combustíveis.
Por que o diesel estava mais barato?
Os motoristas do país que dependem do óleo diesel encontraram motivo para satisfação com a contínua queda nos preços. Ela se estendeu até o final de julho. Assim, o combustível mais amplamente utilizado no Brasil manteve seu custo em patamares mais baixos. Isso por um período tão prolongado que os aumentos substanciais da semana passada e desta semana não conseguiram reverter o resultado acumulado nos meses anteriores.
Ao final de 2022, o preço médio nacional desse combustível fóssil estava estabelecido em R$ 6,38. Assim, isso indica que o valor atual do diesel está 5,2% abaixo do registrado no ano passado. Isso equivale a uma redução de 33 centavos. No entanto, é importante destacar que a diferença era ainda maior há duas semanas, chegando a ser de R$ 1,30.
De toda forma, o preço do diesel experimentou uma queda significativa no decorrer de 2023 devido a uma Medida Provisória (MP) emitida pelo Governo Federal no início do ano. Essa MP manteve as alíquotas do PIS/Cofins (impostos) sobre diesel, biodiesel e gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecido como gás de cozinha, zeradas até o dia 31 de dezembro. Adicionalmente, a Petrobras reduziu em 12,8% o preço do diesel fornecido às refinarias nacionais no dia 17 de maio.
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Preço do combustível
É relevante ressaltar que o preço do diesel teve uma redução de 23% no país durante as 25 semanas consecutivas de queda. Em valores reais, a redução foi de R$ 1,47 no período, uma vez que o combustível estava sendo comercializado a R$ 6,39 nos postos na semana de 29 de janeiro a 4 de fevereiro, última vez que o preço do diesel havia aumentado. Apesar da nova alta, os valores não tiveram uma diferença expressiva no país.
A queda no preço do diesel durante quase seis meses foi possibilitada pela Medida Provisória (MP) publicada pelo Governo Federal no dia 2 de janeiro deste ano, no início do governo Lula. A MP manteve zeradas as alíquotas de diversos impostos sobre os combustíveis e determinou a isenção do PIS/Cofins sobre diesel, biodiesel e gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, até o dia 31 de dezembro.
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Reajuste do preço do combustível pela Petrobras
O cenário positivo para os motoristas no país, caracterizado pela queda nos preços do diesel, experimentou uma reviravolta e agora se traduz em uma trajetória ascendente com aumentos ainda mais acentuados. Em um acontecimento recente, no dia 16 de agosto, a Petrobras aumentou em 25,8% o valor por litro do diesel A destinado às distribuidoras nacionais. Consequentemente, o preço de venda do litro de diesel para as distribuidoras passou a ser de R$ 3,80. Anteriormente, esse valor estava estabelecido em R$ 3,02, representando um aumento de 78 centavos por litro no preço do diesel.
A última ocasião em que a Petrobras havia elevado o preço do diesel foi em 18 de junho de 2022, ocasionando um acréscimo de 14,2% para as distribuidoras. Desde então, a estatal promoveu nove quedas consecutivas nos preços do diesel, trazendo alívio ao orçamento dos consumidores, que se beneficiaram desses ajustes.
Entretanto, o mais recente reajuste da Petrobras, marcado pelo expressivo aumento no preço do diesel, inevitavelmente impactará ainda mais os consumidores financeiramente. É importante destacar que os valores praticados nas bombas de abastecimento costumam ser substancialmente superiores aos preços das distribuidoras, em virtude de diversas variáveis que influenciam no processo.
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Quais os impactos do reajuste do preço do combustível?
Os reajustes no preço dos combustíveis podem ter uma série de impactos, tanto na economia quanto na vida das pessoas. Esses impactos podem variar dependendo do contexto econômico, da magnitude dos reajustes e de outros fatores, mas geralmente incluem:
- Inflação: Os preços dos combustíveis afetam diretamente os custos de transporte de bens e serviços. Quando os preços do combustível sobem, as empresas podem repassar esses custos aos consumidores, o que pode contribuir para o aumento geral dos preços, conhecido como inflação.
- Custo de vida: O aumento no preço dos combustíveis pode impactar o orçamento doméstico das famílias, já que os gastos com transporte, como combustível para automóveis e passagens de transporte público, tendem a aumentar.
- Setor de transporte: Empresas que dependem fortemente de combustíveis, como empresas de transporte de carga, podem enfrentar custos operacionais mais elevados, o que pode levar a aumentos de preços ou à redução de margens de lucro.
- Setor agrícola: Os preços mais altos dos combustíveis podem afetar a agricultura, uma vez que muitos agricultores utilizam maquinaria movida a combustível e dependem do transporte para levar seus produtos ao mercado. Isso pode levar a aumentos nos preços dos alimentos.
- Setor industrial: A indústria também pode ser impactada, pois muitas fábricas e instalações industriais consomem grandes quantidades de energia, que muitas vezes é fornecida por meio de combustíveis fósseis. Isso pode aumentar os custos de produção.