O Conselho de Administração da Petrobras aprovou hoje (26) a nomeação do senador Jean Paul Prates à presidência da estatal. Dessa forma, o indicado do presidente Lula assumirá a liderança da empresa até o dia 13 de abril deste ano, mesmo dia em que os diretores deixam o cargo. Após isso, o conselho pode reconduzir Prates ao cargo. A decisão foi unânime.
O senador já é conhecido no ramo e tem negócios no setor, o que gerou polêmica. Apesar disso, esse era o nome escolhido por Lula para o comando da empresa. Jean Paul Prates renunciou ao cargo político para assumir a liderança da Petrobras.
Quem é Jean Paul Prates?
O novo presidente da Petrobras é um desconhecido da grande maioria dos brasileiros. Contudo, para os especialistas no setor, ele é um nome bastante comum. Além disso, Jean Prates já teve cargos políticos no Brasil e tem histórico na principal casa legislativa do país. O nome dele era tido como favorito para comandar a empresa desde o início do governo de transição.
Jean Prates será presidente da Petrobras a partir deste mês e ficará no cargo até abril. Ele é especialista no setor de petróleo, gás natural, biocombustíveis, energia renovável e recursos naturais e tem mais de 25 anos de experiência na área. Além disso, ele é economista, advogado, ambientalista, empreendedor e dirigente sindical. Essas informações constam em uma biografia escrita pelo próprio Prates.
Além disso, o futuro presidente da Petrobras foi senador. Contudo, foi eleito primeiro suplente da senadora Fátima Bezerra, que posteriormente se tornou governadora do Rio Grande do Norte. Com a saída dela, Prates ocupou a cadeira a partir de 2019. Nesta semana, renunciou ao cargo.
A polêmica da nomeação à Petrobras
Apesar de tida como favorita desde o início do mandato de Lula, a nomeação de Jean Paul Prates ao cargo máximo da Petrobras gerou muita polêmica no setor. Isso porque ele é um nome conhecido no setor, mas não por conta de suas ideias.
Na verdade, Prates detinha participações em quatro empresas do setor de gás e óleo. Por conta disso, a Lei das Estatais impede que haja conflito de interesses nos dirigentes das empresas públicas do país. Ao portal Poder360, o senador afirmou que iria se desfazer de suas participações para assumir o cargo na Petrobras, mas manteria apenas a sociedade Singleton, uma holding ativa apenas para administrar imóveis próprios.
Além disso, a Lei das Estatais também foi usada para tentar barrar a nomeação de Mercadante para a presidência do BNDES. Contudo, a nomeação seguiu normalmente.
No Senado, Prates não teve uma atuação voltada diretamente aos assuntos da Petrobras. Cotudo, o ex-senador tem projetos importantes, como o marco regulatório de energia solar offshore e no novo marco das ferrovias, que permite que empresas privadas construam ferrovias em todo o país.