Nesta terça-feira (16), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou que a petroleira irá cortar os preços dos seguintes combustíveis em 10%: gasolina, óleo diesel e gás de cozinha. Os novos preços estarão válidos a partir desta quarta-feira, 17 de maio. O anúncio ocorre pouco tempo depois da empresa anunciar o fim da Paridade de Preço de Importação, que baseava os preços do combustível nas oscilações do dólar e do mercado internacional de petróleo.
“Estamos tentando colocar um impacto possível na bomba para o consumidor final. Caso todas as outras parcelas se mantenham fixas, esperamos que o preço da gasolina passe de R$5,49 o litro, em média, para R$5,20. O diesel s10 de R$5,87 para R$5,19”, afirmou Prates,
Dessa forma, a expectativa é que a gasolina tenha uma redução de R$0,40 por litro, o diesel seja reduzido em R$0,44 por litro e o gás de cozinha (GLP) seja reduzido em R$8,97. Em nota, a Petrobras disse: “Destaca-se que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda”.
“A redução do preço da Petrobras tem como objetivos principais a manutenção da competitividade dos preços da companhia frente às principais alternativas de suprimento dos seus clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino em equilíbrio com os mercados nacional e internacional”, apontou a Petrobras.
Para ministro, política de preços dos combustíveis era “mentira e crime”
De acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), a política de preços para os combustíveis, adotada pela Petrobras desde 2016, era “mentira e crime”. O PPI (Preço de Paridade Internacional) foi encerrado nesta terça-feira pela petroleira após quase 6 anos de operação e polêmicas, principalmente durante as eleições de 2022.
“Era abstração, uma mentira e crime contra o povo brasileiro porque impunha uma mordaça a uma política de competitividade interna dos preços dos combustíveis no Brasil, fazendo com que muitas vezes as oscilações fossem muito acima do que seria possível para poder contribuir com o crescimento nacional”, disse Silveira, após reunião com o presidente da companhia, Jean Paul Prates.
Dessa forma, com a alteração no PPI, o valor dos combustíveis praticados pela Petrobras passará a considerar o preço de seus concorrentes e o “valor marginal da estatal”. Segundo a Petrobras, o valor marginal é “baseado no custo de oportunidade, dadas as diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino”. Um ponto importante é que a estatal não definiu a periodicidade dos reajustes dos combustíveis.
Por fim, a Petrobras apontou que a estratégia comercial adotada está alinhada com a diretriz de preços dos combustíveis no mercado interno, tendo sido aprovada pelo Conselho de Administração da Petrobras em 27 de julho de 2022, na gestão de Caio Mario Paes de Andrade, último presidente da companhia sob o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).