A Petrobras anunciou mais um reajuste nos preços dos combustíveis em 2022. Nesta sexta-feira (17), a estatal anunciou uma nova alta nos preços do diesel e da gasolina nas refinarias do país. Com isso, os combustíveis deverão pressionar ainda mais a renda dos brasileiros, que já pagam caro para abastecer seus veículos.
A partir deste sábado (18), o diesel ficará 14,25% mais caro nas refinarias do país. Com isso, o preço do combustível mais usado no Brasil saltará de R$ 4,91 para R$ 5,61, alta de R$ 0,70 por litro.
Já a gasolina terá um aumento de 5,18% nas distribuidoras. Dessa forma, o preço do combustível passará de R$ 3,86 para R$ 4,06, reajuste de R$ 0,20 por litro.
No acumulado de 2022, o diesel está 67,96% mais caro nas refinarias do país. Por sua vez, a gasolina acumula alta de 31,39% nas distribuidoras.
Esses avanços ficaram mais expressivos desde o início da guerra na Ucrânia, que vem elevando o preço do petróleo, do qual o diesel e a gasolina se derivam. De lá pra cá, o diesel ficou 55,4% mais caro nas refinarias do país, enquanto a gasolina subiu 24,9%.
Conselho da Petrobras havia dado sinal verde para alta
Na noite de ontem (16), o Conselho de Administração da Petrobras havia autorizado a diretoria da estatal a reajustar os preços dos combustíveis no país. Por isso, a expectativa era de alta do diesel e da gasolina nesta sexta-feira.
Em meio aos rumores de alta, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que um reajuste evidenciaria “interesse político” da Petrobras. Já o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), chamou a estatal de “inimiga do Brasil” e prometeu ações contra a empresa.
Em resumo, Lira afirmou que vai convocar “uma reunião de líderes para discutir a política de preços da Petrobras” na próxima segunda-feira (20).
Vale destacar que os preços nas bombas de combustíveis são bem mais altos que os das refinarias. Isso acontece porque há outras variáveis que impactam os valores dos combustíveis, como impostos, taxas, margem de lucro e custo com a mão de obra. Por isso, a população deve pesquisar os preços mais econômicos.
Leia também: Inadimplência bate recorde em abril e atinge 66,1 milhões de pessoas