Os brasileiros devem preparar novamente o bolso. Isso porque a Petrobras anunciou nesta segunda-feira (9) mais um reajuste no diesel. A saber, o preço médio do combustível mais usado no Brasil ficará 8,87% mais caro a partir de amanhã (10), passando de R$ 4,51 para R$ 4,91, alta de R$ 0,40 por litro.
“Com esse movimento, a Petrobras segue outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda acompanhando os preços de mercado”, informou a estatal em nota.
De acordo com a Petrobras, o diesel estava há 60 dias sem sofrer reajuste. Em resumo, a empresa elevou o preço do combustível pela última vez em 11 de março, quando o diesel disparou 24,9% nas distribuidoras do país. À época, a estatal havia informado que o reajuste refletia “apenas parte da elevação observada nos preços de mercado”.
Com o acréscimo do novo aumento dos preços, o diesel passa a acumular uma forte alta de 47% apenas em 2022 nas refinarias da Petrobras. A propósito, o preço médio do litro do combustível custava R$ 3,34 no final do ano passado.
Defasagem em relação à paridade internacional pressiona preços
Na semana passada, tanto o diesel quanto a gasolina registravam fortes defasagens em relação à paridade internacional. Em suma, o diesel estava 27% menor no Brasil, enquanto a gasolina estava 22% menor, segundo avaliação do Itaú BBA, na última sexta-feira (6).
Aliás, especialistas já vinham alertando para a possível elevação dos preços dos combustíveis. No entanto, dessa vez, a Petrobras decidiu reajustar apenas o diesel. Assim, os preços da gasolina e do gás de cozinha não sofreram alteração.
Vale destacar que o petróleo encerrou a semana passada com uma alta de mais de 4%, com o barril Brent superando os US$ 110. Isso ocorreu devido ao possível boicote da União Europeia ao petróleo russo. A expectativa dos países europeus é parar de importar petróleo da Rússia em até seis meses.
Preços ao consumidor ficam ainda mais caros
Com o reajuste, os consumidores do país devem ficar ainda mais atentos aos preços. Em síntese, os valores finais disponibilizados aos motoristas variam em cada posto de combustível, ou seja, cada estabelecimento define o seu reajuste.
Diversos fatores como impostos, taxas, margem de lucro e custo com a mão de obra influenciam diretamente a definição do preço dos combustíveis. Ao mesmo tempo, há livre concorrência no mercado brasileiro e cada posto pode definir os seus reajustes.
Por isso, cabe à população pesquisar os mais econômicos. Aliás, os reajustes realizados pela Petrobras atingem os preços das refinarias. Isso quer dizer que os combustíveis vendidos pela estatal são mais baratos, justamente por haver muito menos fatores que elevam seus preços.
Leia Também: Lucro da Petrobras chega a R$ 44,5 bilhões no 1º trimestre e bate recorde