A Petrobras informou nesta sexta-feira (29) que o preço do gás natural ficará mais caro a partir do próximo domingo (1º). O reajuste, direcionado às distribuidoras, será de 19% em reais por metro cúbico.
Aliás, as correções dos preços ocorrem trimestralmente, e este reajuste se refere ao trimestre móvel de fevereiro a abril, ou seja, os novos preços ficarão em vigor no Brasil até 31 de julho.
“A atualização trimestral para o gás e anual para o transporte atenua volatilidades momentâneas e assegura previsibilidade e transparência”, disse a Petrobras em nota.
De acordo com a estatal, essa elevação acontecerá devido aos altos preços do barril de petróleo e do dólar. Em resumo, faz pouco tempo que a Petrobras adotou e começou a aplicar as novas fórmulas dos contratos de fornecimento de gás. Inclusive, estes documentos se relacionam justamente aos preços do petróleo e ao câmbio.
Desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, os preços do barril Brent, que é a referência internacional, chegaram a saltar mais de 30%. Nas últimas semanas, o preço ficou em patamares mais baixos que os vistos nas primeiras semanas da guerra, mas sempre acima dos US$ 100.
Vale destacar que o dólar acumula uma forte desvalorização de 11,34% no ano, mas as perdas chegaram a superar os 17% no início deste mês. O resultado acabou se invertendo e a moeda norte-americana fechou o mês com ganhos de 3,85%.
Reajuste de preços não se refere aos consumidores
A saber, o reajuste promovido pela Petrobras em relação ao gás natural não se refere aos consumidores. Em suma, o aumento dos preços segue apenas para as distribuidoras do país.
No caso da população, o preço pago pelo produto é bem superior. Isso acontece porque há diversos fatores que encarecem o gás natural, como tributos federais e estaduais e margens de lucro de distribuidoras e revendedoras. Em outras palavras, o consumidor vai pagar o reajuste da Petrobras e mais todos estes fatores citados.
“Além disso, o processo de aprovação das tarifas é realizado pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas”, explicou a Petrobras em nota.
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