A Petrobras informou nesta quinta-feira (10) que o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) ficará mais caro a partir de amanhã. O reajuste, direcionado às distribuidoras, será de 16,1% em reais por metro cúbico.
De acordo com a Petrobras, essa elevação acontecerá devido à guerra entre Rússia e Ucrânia, que chegou hoje ao seu 15º dia. Em suma, os conflitos no leste europeu vêm provocando instabilidade entre os mercados globais, com diversas commodities acumulando fortes avanços no período.
A saber, o GLP é o famoso gás de cozinha. Com o reajuste anunciado pela Petrobras, o preço médio de venda do quilo do botijão passará de R$ 3,86 para R$ 4,48. Assim, o valor do botijão de 13 quilos completo custará R$ 58,21.
Aliás, a última vez que a estatal havia reajustado os preços do gás de cozinha havia sido há 152 dias, em outubro do ano passado. Atualmente, o preço médio do botijão de 13 quilos no país está custando R$ 102,64, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Veja mais detalhes do reajuste da Petrobras
A decisão da Petrobras ocorreu devido aos conflitos que vêm ocorrendo no leste europeu nas últimas semanas. Em suma, os temores globais sobre a oferta de petróleo acabaram impulsionando os preços internacionais da commodity.
Como o GLP é um derivado do petróleo, as variações registradas nas últimas semanas elevaram os custos de produção da estatal. Também não há expectativas sobre o fim dos conflitos entre Rússia e Ucrânia, pelo menos no curto prazo. Por isso, a Petrobras afirmou que não poderia continuar com os mesmos preços, ainda mais porque os custos estão muito elevados.
“Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras”, disse a estatal.
“Esses valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia. Mantemos nosso monitoramento contínuo do mercado nesse momento desafiador e de alta volatilidade”, acrescentou a Petrobras.
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