A Petrobras anunciou ontem (08) o sexto reajuste de combustíveis que deve entrar em vigor ainda no dia de hoje (09). Em suma, a gasolina deve ser aumentada em 8,8% nas refinarias e o diesel em 5,5%. Ao todo, já foram mais de 50% de aumentos e reajustes apenas no primeiro trimestre de 2021. Agora, o preço médio deve chegar a R$ 2,84 por litro para a gasolina e de R$ 2,86 por litro para o diesel. Os preços variam dependendo do estado, em Brusque, Santa Catarina, está próximo a R$ 6 o litro.
A principal causa se deve, exclusivamente, pelas intervenções do presidente Jair Bolsonaro sobre a Petrobrás. O presidente havia se manifestado em sua live do Youtube ao afirmar que não estava de acordo com as políticas da estatal e iria sugerir uma privatização. O ocorrido foi em uma quinta-feira pela noite e, já na sexta-feira, as ações começaram em queda de R$ 5,33%, perdendo mais de R$ 60 bilhões em apenas um dia. O mandato do CEO terminaria no dia 20 de março, menos de um mês de espera para que houvesse a troca: muitos questionam o porquê de uma intervenção sendo que o mandato do mesmo estaria próximo do fim.
Acredita-se que, com a liberação da condenação de Lula, o dólar aumente e chegue próximo aos R$ 6. Consequentemente, podem haver novas mudanças de preço. O governo havia anunciado que haveria o corte de 5% dos valores de tributos, mas foram anulados com o novo aumento de 5% da Petrobras.
“(…) Alinhamento dos preços ao mercado internacional [que] é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido, sem riscos de desabastecimento (…)”, acrescenta a maior estatal brasileira. No último trimestre de 2020, tiveram o aumento acima de 600% em relação ao mesmo período que no ano de 2019, acreditava-se que sairiam no prejuízo mas o lucro ultrapassou os R$ 7 bilhões.
Privatização da Petrobras?
O governo possui o objetivo de realizar a privatização da Eletrobras e também já sugeriu que o mesmo ocorresse com a estatal. Muitos estudos estão sendo realizados para verificar quais seriam os impactos positivos e negativos da venda de uma estatal que fornece R$ 7 bilhões em lucro durante um trimestre.
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