Primeiramente, os preços médios dos três principais combustíveis voltaram a subir esta semana nos postos domésticos. Vale lembrar que os motoristas já sabiam do aumento do preço da gasolina e do diesel devido ao novo reajuste promovido pela Petrobras. Contudo, o etanol seguiu os combustíveis fósseis e também subiu na semana.
Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio nacional da gasolina aumentou 2,17% em relação à semana passada. Como resultado, o custo do combustível aumentou de R$ 5,53 para R$ 5,65.
Em suma, é o maior preço médio da gasolina no país desde a semana encerrada em 8 de julho, ou seja, em mais de um mês. O valor médio nacional dos combustíveis chegou então a 5,67, afetado pela recomposição dos impostos federais, que estavam zerados desde o ano passado.
Nesse sentido, a ANP revelou que o maior valor da gasolina encontrada nos postos de gasolina do país nesta semana foi de R$ 7,62. Isso significa que havia pontos de venda vendendo o litro do combustível a um preço 34,9% superior à média nacional, dificultando ainda mais a vida dos motoristas nessas localidades.
Petrobrás aumenta preço da gasolina
A saber, na última terça-feira (15), a Petrobras anunciou o primeiro aumento no preço da gasolina em mais de um ano, para desgosto dos motoristas. A última vez que a empresa aumentou os preços dos combustíveis foi em meados de 2022. Desde então, todos os reajustes só reduziram seus valores.
Cabe salientar que desta vez, a Petrobras elevou em 16,3% o preço da gasolina vendida às distribuidoras. Com isso, o litro do combustível passou de R$ 2,52 para R$ 2,93, ou seja, 41 centavos a mais.
Do mesmo modo, o valor da gasolina vendida às distribuidoras é muito inferior aos preços encontrados nas bombas. Em suma, isso acontece porque existem outras variáveis que afetam os preços dos combustíveis, como impostos, taxas, margens de lucro e custos de mão de obra.
Assim, a próxima atualização do levantamento da ANP deve trazer outra alta acentuada nos preços dos combustíveis. Como o reajuste da Petrobras só entrou em vigor na quarta-feira, os dados da ANP não captaram todo o crescimento de preços possível para a semana. Aliás, a ANP coleta preços em milhares de postos de gasolina do país desde 2004.
Etanol sobe após cinco semanas de queda
Antes de mais nada, o etanol hidratado seguiu o mesmo caminho da gasolina e também subiu de preço no país nesta semana. No entanto, o progresso tem sido muito mais leve do que o dos combustíveis fósseis, trazendo algum alívio aos motoristas que gostam de abastecer seus veículos com biocombustíveis.
Depois de cinco semanas de queda, o valor médio do etanol nas bombas aumentou 0,56%, passando de R$ 3,59 para R$ 3,61. Em suma, o máximo de dois centavos não era para pesar no bolso do consumidor, mas o biocombustível deve ter um forte aumento na próxima atualização da pesquisa da ANP.
Lembrando que o maior preço encontrado nos postos da ANP foi de R$ 6,39, 77% acima da média nacional. Isso mostra que os valores do etanol tiveram muito mais variação do que a gasolina nesta semana.
Isso porque o etanol tende a acompanhar as variações da gasolina porque não há regulamentação de preços dos biocombustíveis no país. De fato, as variações do etanol são definidas pela relação entre oferta e demanda, oscilando principalmente em função das mudanças nos preços da gasolina. Isso acontece porque os combustíveis são concorrentes nas bombas.
Com a gasolina ficando mais cara devido ao reajuste da Petrobras, muitos motoristas tendem a olhar para o etanol como uma opção mais acessível. Com o aumento da demanda, os produtores de biocombustíveis acabam elevando seu valor, e isso já está acontecendo no Brasil.
Preço dos combustíveis: diesel sobe pela terceira semana
Outro detalhe é que depois de mais de cinco meses de queda, o preço do diesel se ajustou para uma terceira semana de alta. Porém, diferentemente dos avanços anteriores, o aumento desta semana foi bem mais significativo, para grande desgosto dos motoristas.
Entre fevereiro e julho deste ano, os motoristas do país não se preocuparam com o aumento dos preços dos combustíveis fósseis. O combustível ficou mais caro pela última vez na primeira semana de fevereiro.
Porém, na primeira semana de agosto, o preço médio do litro do diesel no país subiu, assim como na semana passada. Os aumentos de 0,41% e 1,21% não tiveram impacto significativo no orçamento dos motoristas. Nesta semana, porém, o avanço foi de 7,6% e a média nacional dos combustíveis fósseis passou de R$ 5,00 para R$ 5,38.
Em suma, o maior valor encontrado pela ANP nos postos de gasolina do país foi de R$ 7,75. Este preço foi 44% superior ao preço médio do país, pressionando mais o bolso dos motoristas.
Vale destacar que apesar do forte avanço semanal, o preço do diesel segue abaixo do preço observado na última semana de 2022 (R$ 6,39). Isso significa que os motoristas pagam menos por combustíveis fósseis, pelo menos em comparação com 2022.
A Petrobras também está elevando o preço do diesel
Acima de tudo, a Petrobras também elevou o preço do diesel na última quarta-feira (16), e o reajuste foi ainda mais forte do que o da gasolina. A Petrobras aumentou o valor do diesel em 25,8%, o equivalente a 78 centavos. Com isso, o custo médio do combustível passou de R$ 3,02 para R$ 3,80.
Assim como a gasolina, os preços dos combustíveis nas bombas são muito mais altos do que os vendidos nas distribuidoras. Portanto, os consumidores devem ficar atentos e tentar buscar valores um pouco mais baixos.