O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta semana a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) 2019. E um dos principais destaques do levantamento foi a geração de receita entre as Unidades da Federação (UFs) em 2019, bem como a evolução de suas taxas em dez anos.
Em resumo, a pesquisa mostrou que o setor de serviços ganhou 2,4 milhões de postos de trabalho e 400 mil empresas entre 2010 e 2019. Além disso, o levantamento revelou que o Sudeste continuou figurando como a região do país com o maior percentual de pessoas empregadas em alguma atividade do setor de serviços. No entanto, a região perdeu participação nacional.
Da mesma forma, o Sudeste também pagava a remuneração mais elevada do país aos trabalhadores de serviços. Em contrapartida, o Nordeste disponibilizava as remunerações mais baixas em 2019. Em suma, o Sudeste pagava 2,5 salários mínimos e o Nordeste 1,7 salários mínimos. A saber, a média nacional era de 2,3 salários mínimos.
Veja detalhes regionais da pesquisa
O levantamento também revelou dados das regiões do país. No Sudeste, São Paulo respondeu por 67,2% da receita gerada pelo setor em 2019 ao ganhar 2,3 ponto percentual (p.p.) de participação entre 2010 e 2019. Por outro lado, o Rio de Janeiro perdeu 2,8 p.p. e se manteve no segundo lugar (18,3%). Na sequência, aparecem Minas Gerais (11,9%) e Espírito Santo, com uma participação bastante tímida em 2019, de apenas 2,6%.
No Sul, Santa Catarina ganhou 4,0 p.p. em dez anos. Contudo, o estado continuou em terceiro lugar, respondendo por 27,2% da receita gerada. O Paraná passou a liderar a região ao ganhar 0,4 p.p. e responder por 36,9% da receita. Por sua vez, o Rio Grande do Sul perdeu 4,4 p.p. de participação, caindo para 35,9% e perdendo a liderança.
Já no Nordeste, três estados concentraram 71,5% do total da receita gerada: Bahia (31,4%), Pernambuco (22,2%) e Ceará (17,9%). Na região, o destaque positivo foi o Ceará, que avançou 2,1 p.p. Já o negativo foi a Bahia, que, apesar de liderar, perdeu 2,6 p.p. de participação.
No Centro-Oeste, o Distrito Federal perdeu 4,7 p.p. de participação e respondeu por 37,8% do total. Goiás também perdeu participação (-2,0 p.p.) e respondeu por 26,2% da receita em 2019. Mas o grande destaque do período foi Mato Grosso, cuja participação saltou 6,4 p.p., para 22,1%. Mato Grosso do Sul seguiu em quarto (13,9%).
Por fim, dois estados responderam por quase 75% da receita do Norte: Amazonas (38,2%) e Pará (36,5%), que teve o maior ganho em dez anos, de 2,3 p.p. Por outro lado, Rondônia perdeu 2,2 p.p. de participação, caindo para o quarto lugar. A saber, Tocantins subiu para a terceira posição ao ganhar 2,2 p.p. de participação na região.
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