Um estudo da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, nos Estados Unidos vem aumentando as esperanças de cura o câncer de mama, através de uma nova droga.
Denominado como ErSO, o novo medicamento promete prevenir a resistência das células cancerosas, problema muito comum, que inclusive atrapalha a eficácia dos tratamentos atuais.
Além disso, o ErSO atua superativando um mecanismo de resposta ao estresse, que normalmente protege as células cancerosas de danos. Quando o mecanismo entra em ação de forma excessiva, ele acaba matando estas células.
Até o momento, o estudo foi realizado apenas em animais. Os camundongos que apresentavam câncer de mama tiveram as células cancerígenas reduzidas entre 95% a 100%, inclusive, as metástases em outros órgãos como cérebro, fígado, pulmões e ossos também foram eliminadas.
Vale lembrar, que os tumores que se espalharam para outras partes do corpo são responsáveis pela maioria das mortes por câncer de mama, diante disto, o fato da nova droga garantir a rápida destruição da maioria das metástases pulmonares, ósseas e hepáticas e uma redução dramática das metástases cerebrais, faz toda a diferença no sucesso do tratamento definitivo da doença.
Outro benefício desta nova droga, é que ela, diferente dos tratamentos convencionais, mata apenas células cancerosas e não as células saudáveis.
Nos camundongos este tratamento garantiu um retrocesso e até a cura do câncer de mama em apenas uma semana de tratamento.
Apesar dos excelentes resultados em animais, apenas os ensaios clínicos irão revelar se a droga é um tratamento eficaz e seguro para o câncer de mama metastático em humanos.
Mais sobre o câncer de mama
Caracterizado pela multiplicação desordenada de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos, o câncer de mama é um dos mais comuns no mundo, inclusive, atinge mais de dois milhões de pessoas por ano.
Só no Brasil, estima-se que a doença faça parte de mais de 50 casos, a cada 100 mil mulheres.
Apesar de ser mais comum em mulheres, o câncer de mama também pode afetar homens, sendo esses casos mais raros, chegando a 1% do índice total da doença.
Além disso, os tipos e gravidade também se diferenciam, visto que alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente.
Fatores de risco
Entre os fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama, alerta para:
- Histórico familiar
- Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2
- Primeira menstruação antes de 12 anos
- Não ter tido filhos
- Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona)
- Obesidade e sobrepeso após a menopausa
- Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X)
Além disso, a alimentação desequilibrada e consumo excessivo de álcool podem potencializar os gatilhos para a condição.
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