As perspectivas para a economia global não estão muito positivas. Diversos desafios vêm deixando cada vez mais negativas as projeções para o futuro do planeta. E a população mais pobre deverá sentir os impactos mais fortes desse cenário.
De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia global deverá crescer 2,7% em 2023. Esse número ficou abaixo da última projeção, divulgada em outubro, de crescimento de 2,9%.
Em resumo, isso mostra que as expectativas em relação ao próximo ano estão menos positivas. E há diversos fatores que contribuem para dados mais pessimistas dos analistas. Veja abaixo os principais:
- Inflação elevada;
- Aperto monetário mais forte;
- Guerra entre Rússia e Ucrânia;
- Crescimento mais fraco da China.
A saber, a inflação vem crescendo no planeta de maneira significativa desde o ano passado. Isso acontece devido à pandemia da covid-19, que afetou as cadeias globais de produção, impulsionando o preço de vários itens.
Com o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, em fevereiro deste ano, a situação ficou ainda mais grave. Aliás, nessa época, os países ainda não estavam aumentando os juros. Contudo, com o aumento da inflação, os bancos centrais passaram a promover um aperto monetário cada vez mais intenso.
Dessa forma, com a inflação elevada e os juros subindo para conter a alta inflacionária, a economia global perdeu cada vez mais força. Isso atingiu em cheio a China, segunda maior economia global, e esse desaquecimento chinês afetou vários países no mundo.
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Insegurança alimentar cresce entre os países
Vale destacar que a perspectiva mais negativa para economia global afeta diretamente os mais pobres. Em síntese, a insegurança alimentar, que se refere à incerteza sobre a possibilidade que as pessoas têm de adquirir comida, vem crescendo no planeta.
Esse cenário desafiador é mais grave entre as pessoas de renda mais baixa. Isso porque, com o aumento das dificuldades e a redução das perspectivas econômicas, os países mais pobres tendem a ser os que mais sofrem.
“As leituras para uma parcela crescente de países do G20 caíram de território expansionista mais cedo neste ano para níveis que sinalizam contração”, informou o FMI.
“Os desafios que a economia global está enfrentando são imensos e o enfraquecimento dos indicadores econômicos apontam para mais desafios à frente”, acrescentou.
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