O desastre da Vale em Brumadinho, Minas Gerais, tem mais uma vítima identificada: Juliana Creizimar de Resende Silva, uma mulher que tinha 33 anos quando o fato aconteceu e foi encontrada na terça-feira (24). A vítima é uma das 270 pessoas que morreram por conta do rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em 2019.
Agora, com a identificação de Juliana, que tinha acabado de ter gêmeos quando morreu, nove pessoas continuam desaparecidas, 943 dias após o desastre. Além da mulher, o marido dela, e pai dos gêmeos, também veio a óbito com o rompimento da barragem – ele foi identificado ainda de 2019.
Segundo uma matéria do portal “G1”, Juliana era analista operacional. Já Dennis, seu companheiro, atuava como técnico em planejamento e controle. Após o casal morrer, seus filhos passaram a viver com a irmã da mulher e seus avós.
O corpo da vítima foi encontrado na terça-feira (24) pelo Corpo de Bombeiros. De início, a previsão era de que a identificação levaria um tempo maior, todavia, segundo a Polícia Civil, a equipe legista da corporação trabalhou ao longo da madrugada e conseguiu confirmar que o corpo achado era o de Juliana.
Segundo Ricardo Araújo, médico legista da Polícia Civil, os profissionais compararam a arcada dentária da vítima com os documentos odontológicos e fotos de sorrisos. Além disso, os especialistas também utilizaram detalhes repassados pelo odontologista que cuidava de Juliana.
Desaparecidos em Brumadinho
Com Juliana finalmente identificada, o número de desaparecidos em meio ao rompimento da barragem caiu para nove. Confira quem ainda não foi encontrado:
- Angelita Cristiane Freitas de Assis
- Cristiane Antunes Campos
- Lecilda de Oliveira
- Luis Felipe Alves
- Maria de Lurdes Da Costa Bueno
- Nathalia de Oliveira Porto Araujo
- Olimpio Gomes Pinto
- Tiago Tadeu Mendes da Silva
- Uberlandio Antonio da Silva
Bombeiros encontraram Juliana
O corpo de Juliana foi encontrado, assim como publicou o Brasil123, na terça (24) por agentes do Corpo de Bombeiros. De acordo com a corporação, a vítima foi localizada na região próxima à comunidade de Córrego do Feijão.
A última vez que os agentes haviam encontrado algo foi em janeiro quando, os profissionais acharam um fêmur, que pertencia ao soldador e mecânico Renato Eustáquio de Sousa, que trabalhava na Vale há nove anos e morreu aos 31.
Ainda segundo o Corpo de Bombeiros, acredita-se que estruturas de concreto que foram carregadas pelo fluxo de rejeitos possam ter ajudado o corpo a continuar preservado, apesar do tempo, o que ajudou na rápida identificação.
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