O empréstimo consignado do Auxílio Brasil já está valendo e já está endividando muitas pessoas. Segundo a Caixa, o maior banco a ter a modalidade atualmente, foram mais de 23 mil contratos fechados em apenas dois dias. No total, o valor emprestado ultrapassa os R$111 milhões. Além disso, um relato de uma das diretoras da empresa afirma que o risco de perda do benefício traz bastante risco para o banco.
Contudo, como fica o empréstimo consignado do Auxílio Brasil, para o atual beneficiário, em caso de cancelamento dos pagamentos? Para entender melhor isso, vamos mostrar as regras do consignado e também mostrar o que acontece se você perder o benefício. Por último, vamos dar dicas de manter as suas finanças em dia para se proteger desse risco.
As regras do consignado do Auxílio Brasil
O Governo Federal lançou uma portaria que trata das mais diversas regras do consignado do Auxílio Brasil. Além de dizer que bancos não podem fazer peças publicitárias para vender o crédito. Ainda, os bancos não podem cobrar diversas taxas dos clientes, como adesão de crédito, abertura de conta, entre outras. Contudo, os principais detalhes estão no parcelamento e nos juros.
Isso porque o empréstimo do Auxílio Brasil pode ser feito em até 24x. Com isso, não é possível fazer parcelamentos por mais de 2 anos, mas o cidadão pode fazer em menos parcelas, se quiser. Além disso, o crédito pode comprometer até 40% da renda do programa, o que atualmente dá um valor de R$160,00 mensais. Vale lembrar que o valor oficial do Auxílio Brasil ainda é de R$400,00, dado que os R$600,00 serão pagos apenas até dezembro.
No caso dos juros, o empréstimo do Auxílio Brasil pode cobrar até 3,5% ao mês do cidadão. No caso da Caixa, o valor é de 3,45%, o que dá mais de 41% ao ano em juros. Especialistas consideram o valor bastante alto e com grande potencial de endividar famílias e gerar perdas para os bancos.
O que acontece se eu perder o benefício?
Com todo esse cenário, o beneficiário que pretende tirar o empréstimo do valor precisa sempre pensar no futuro. Isso porque um parcelamento desses compromete a renda do futuro, o que é especialmente importante para quem tem uma renda menor. Por isso, a dica é tentar manter as contas em dia e pegar o consignado do Auxílio Brasil apenas em casos de extrema necessidade.
Após pegar o valor emprestado, o trabalhador deve tentar parcelar pelo máximo de tempo possível, principalmente para não comprometer uma boa parte da renda no empréstimo. Quanto menor o valor descontado do Auxílio Brasil, melhor para o cidadão. Além disso, é fundamental que quem quer pegar o valor emprestado negocie taxas de juros menores. Atualmente, especialistas dizem que um percentual de 2% ao mês seria o ideal para bancos e para os beneficiários do programa. Vale lembrar que em caso de perda do Auxílio Brasil, o trabalhador continuará pagando as parcelas, agora com dinheiro de outras atividades.
Com isso, existem algumas formas de evitar o empréstimo do Auxílio Brasil. Dentre as formas, está a possibilidade de fazer uma renda extra para aumentar a renda. Porém, fica o cuidado para que o aumento da renda não aumente as despesas do mês. Além disso, você pode seguir dicas de organização financeira para cortar gastos desnecessários.