O governo federal segue com a operação popularmente batizada por “pente fino” no Programa Bolsa Família.
A saber, começa neste mês a dar ênfase nos cadastros do programa de transferência de renda feitos às vésperas da eleição.
Pente fino do Bolsa Família
Vale destacar que a primeira fase do procedimento, que resultou no cancelamento de 1,5 milhão de beneficiários em março, voltou-se a quem estava desenquadrado por ganhar mais do que o teto estipulado nas regras do Bolsa Família.
Isso porque, atualmente, para ter direito ao benefício, a família precisa ter renda de até R$ 218 por pessoa ao mês.
No entanto, agora, o foco está direcionado a quem entrou no programa nos meses que antecederam à eleição, inflando a base do programa sem o controle necessário, de acordo com o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias.
De acordo com ele, o uso de um aplicativo para o cadastramento de beneficiários acelerou a entrada dos mesmos, mas inviabilizou o rigor técnico para a análise dos candidatos.
No entanto, o ministro esclarece que, diferentemente da primeira fase do pente fino do Bolsa Família, quando os beneficiários em situação irregular foram automaticamente desligados, a pasta irá abrir prazo para que os alvos da apuração possam dar explicações.
“Será feito somente um bloqueio e, após a manifestação do beneficiário, haverá decisão sobre cancelar ou não o repasse”, disse.
Novos beneficiários
Ao mesmo tempo que busca dar racionalidade ao cadastro do Bolsa Família, investigando as irregularidades, o governo busca inserir novas famílias. Afinal, a meta anunciada é de, até 2026, tirar o Brasil do Mapa da Fome.
Sendo assim, em março, foram quase 700 mil novos beneficiários. Já para abril, o ministro projeta que ao menos 300 mil pessoas serão autorizadas a receber o Bolsa Família.
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Retorno garantido para o Bolsa Família
Por fim, o ministro diz ainda que os beneficiários não devem temer o pente fino. Garante ainda que o novo desenho do Bolsa Família dá maior segurança a quem quer buscar renda no mercado de trabalho.
“Quem recebe o benefício e consegue um emprego formal ou um negócio, e alcança renda acima do requisito do Bolsa Família, deixa de receber a Bolsa, mas permanece no Cadastro Único e, caso perca o emprego ou caia a renda, volta para o programa”, afirmou o ministro.
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