No último dia 08 de janeiro, apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes – Supremo Tribunal Federal (STF), Palácio do Planalto e Congresso Nacional. De acordo com Carlos Frederico Santos, subprocurador-geral da República, os acusados de terem participado dos atos podem cumprir pena de até 30 anos de prisão.
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Em entrevista ao canal “CNN Brasil”, nesta quinta-feira (26), ele, que coordena o grupo estratégico de combate aos atos antidemocráticos, relatou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) já denunciou mais de 100 pessoas que estavam presentes nos atos contra o Supremo Tribunal Federal.
De acordo com ele, esses indivíduos são acusados de terem cometido diversos crimes. “Associação criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Foram nessas cinco condutas que enquadramos essas pessoas”, explicou ele ao relatar que a pena máxima desses suspeitos pode chegar a 30 anos.
Durante a entrevista, Carlos Frederico Santos também explicou que os crimes não estão sendo enquadrados como terrorismo, pois uma lei aprovada no Congresso Nacional estabelece que o crime de terrorismo é motivado por xenofobia, discriminação ou preconceito. Não suficiente, ele explica que, até o momento, não existem provas robustas contra o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
No entanto, ele ressalta que estão sendo feitas investigações em várias frentes. “Temos que esclarecer de uma vez por todas a responsabilidade de cada um [sobre os atos criminosos], seja autoridade pública ou não”, disse Carlos Frederico Santos, que foi questionado sobre as críticas à Procuradoria-Geral da República, em especial à Augusto Aras, e afirmou que não vê nenhuma conivência e que considera que Augusto Aras vem sim tomado as devidas medidas, mas não tem agido de forma precipitada.
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