Hamilton Mourão (Republicanos), vice-presidente da República, defendeu nesta segunda-feira (02) que os pedidos de volta da ditadura militar e ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) registrados no domingo (01), durante os atos pró-governo, estão resguardados pela “liberdade de expressão”.
A fala do vice-presidente foi feita enquanto ele chegava ao Palácio do Planalto. Na ocasião, jornalistas perguntaram sobre a volta da ditadura e sobre os pedidos de fechamento do STF, pautas consideradas inconstitucionais e antidemocráticas.
Segundo Mourão, a “imensa maioria” das pessoas não apoiam essas causas. “Isso é liberdade de expressão. Tem gente que quer isso, mas a imensa maioria do povo não quer. Normal”, afirmou o vice-presidente. Em outro momento, ele tentou justificar o fato de que esses atos pró-governo tiveram uma adesão muito menor se comparado com os atos registrados em setembro do ano passado, no Dia da Independência.
“Não houve convocação tão grande como em 7 de setembro, e a motivação era outra também”, afirmou. “Normais, sem maiores complicações, com um pouco mais de gente do lado dos apoiadores do governo. Só isso”.
Críticas de Mourão a Lula
Mourão, que hoje é pré-candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul e com apoio de Jair Bolsonaro (PL), mesmo com uma relação conturbada com o presidente da República, também criticou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e comentou as eleições na França.
Sobre Lula, o vice-presidente comentou uma fala do petista, que disse recentemente que Bolsonaro não gosta de gente, só de policial, o que gerou polêmica. “Lula ultimamente só tem atravessado o samba. Problema é dele, tem que medir as palavras”, declarou Mourão sobre o ex-presidente, que já pediu desculpa sobre sua fala.
Por fim, Mourão comentou as eleições na França, dizendo que o resultado por lá mostrou que há uma “mudança no mundo”. “A juventude votou mais à direita do que à esquerda na França. Está havendo uma mudança no mundo”, avaliou ele ao comentar sobre a reeleição do presidente francês, Emmanuel Macron, que derrotou Marine Le Pen, candidata de extrema-direita.
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