Os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos recuaram na semana encerrada no último sábado (16). A saber, houve 184 mil novas solicitações no período, o que corresponde a um recuo de 2 mil novos pedidos em relação à semana anterior, quando houve 186 mil solicitações.
Os números vieram acima do esperado pelo mercado. Em resumo, os analistas projetavam 182 mil novos pedidos na semana passada, ou seja, dois mil pedidos a menos do que realmente houve. De toda forma, o número continua abaixo da marca das 200 mil solicitações.
Por falar nisso, diversos especialistas afirmam que uma faixa de 200 mil a 250 mil novos pedidos semanais de auxílio-desemprego indica que o mercado de trabalho está saudável. E os EUA seguem com dados bem próximos a essa marca.
Além disso, o número de pedidos continuados ficaram em 1,417 milhão. Isso representa uma queda de 58 mil pedidos em relação à média revisada da semana anterior (1,475 milhão). A propósito, estes dados são relatados com uma semana de atraso.
Demanda por mão de obra reduz pedidos de auxílio
Em 2020, a pandemia da Covid-19 fez os pedidos de auxílio-desemprego dispararem nos EUA. A título de comparação, o pico de solicitações durante a crise entre 2007 e 2009 chegou a 664 mil. Entretanto, esse nível representa apenas 10,8% do recorde de 6,149 milhões de pedidos registrados em abril 2020.
Em 2021, a situação caótica não se repetiu graças ao avanço da vacinação e à redução dos casos e mortes provocados pela Covid-19. Contudo, os EUA vêm sofrendo há meses com a escassez de trabalhadores, e este cenário está limitando o aumento dos pedidos de auxílio-desemprego no país.
Na verdade, muitas empresas estão segurando os seus funcionários devido à dificuldade em encontrar mão-de-obra. No final de dezembro de 2021, o país tinha quase 10,9 milhões de vagas em aberto, número bem próximo do recorde registrado em julho, quando o país registrou 11,098 milhões de postos não preenchidos.
Embora o cenário ainda provoque incertezas, o país criou 455 mil empregos no setor privado em março. O resultado veio bem abaixo dos números de fevereiro, quando houve a geração de 750 mil postos de trabalho nos EUA. Seja como for, o mercado de trabalho americano continua mostrando a sua força.
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