Os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos até estavam em tendência de queda nas últimas semanas. No entanto, a semana encerrada em 21 de agosto chegou ao fim com um aumento de 4 mil novas solicitações, que totalizaram 350 mil. Essa quantidade superou as projeções de economistas, que previam 350 mil novos pedidos no período.
De acordo com o Departamento de Trabalho dos EUA, que divulgou os dados nesta quinta-feira (26), o aumento dos novos pedidos interrompeu uma sequência de quatro semanas seguidas de queda nas solicitações. Contudo, o mercado de trabalho americano continua apresentando forte recuperação.
Com o acréscimo do resultado semanal, a média móvel de quatro semanas para novos pedidos de auxílio-desemprego caiu em 11,5 mil, para 366,5 mil solicitações. Por outro lado, o número de pedidos continuados, pagos aos trabalhadores desempregados há mais de uma semana, subiu em 182 mil, para 12,007 milhões.
Em resumo, a pandemia da Covid-19 fez os pedidos de auxílio-desemprego dispararem nos EUA no ano passado. A título de comparação, o pico de solicitações durante a crise entre 2007 e 2009 chegou a 664 mil. Entretanto, esse nível representa menos de 10% do recorde de 6,867 milhões de pedidos registrados na semana encerrada em 28 de março de 2020.
Dificuldade em encontrar mão de obra reduz demissões
Os novos pedidos de auxílio-desemprego estão apresentando poucas variações nas últimas semanas, porque a economia norte-americana segue sofrendo com a forte escassez de trabalhadores. Em julho, o país registrava cerca de 8,7 milhões de desempregados no país, segundo dados oficiais.
Um dos motivos que vem encorajando os americanos a permanecerem em casa e não procurarem emprego são os cheques de US$ 300, disponibilizados pelo governo federal. Além dos benefícios robustos aos desempregados, a dificuldade em conseguir creches para os filhos e o medo de contrair o novo coronavírus também faz muitos americanos continuarem em casa.
A saber, a variante Delta do novo coronavírus, cepa mais transmissível e agressiva já sequenciada, elevou os números de casos e mortes em todo o planeta nos últimos dois meses, inclusive nos EUA. Diversos países voltaram a adotar medidas restritivas e muitos economistas temem que a retomada econômica global sofra novamente com surto e disseminação da Covid-19.
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