O número de novos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiu inesperadamente na última semana e voltou a quebrar a tendência de queda. No total, as solicitações chegaram a 419 mil na semana encerrada em 17 de julho. A saber, a elevação interrompe duas semanas consecutivas de queda nos números.
De acordo com o Departamento de Trabalho dos EUA, que divulgou os dados nesta quinta-feira (22), os novos pedidos superaram os 368 mil novos pedidos registrados na semana anterior. Da mesma forma, a quantidade superou as projeções de economistas, que indicavam 350 mil novas solicitações.
Vale destacar que, apesar de o aumento surpreender as projeções de economistas, não deve haver alterações no mercado de trabalho em julho. Na verdade, a criação de vagas deve se manter robusta assim como em junho, quando houve a criação de 850 mil postos de trabalho no país.
A propósito, a pandemia da Covid-19 fez os pedidos de auxílio-desemprego dispararem nos EUA. A título de comparação, o pico de solicitações durante a crise entre 2007 e 2009 chegou a 664 mil. No entanto, esse nível foi menos que 10% do recorde de 6,867 milhões de pedidos registrados na semana encerrada em 28 de março de 2020.
Agora, em julho, com o avanço da vacinação e mais de 160 milhões de pessoas totalmente imunizadas no país, os número seguem bem menos expressivos. No entanto, a variante Delta do novo coronavírus, que é mais transmissível que as outras cepas, volta a preocupar os mercados globais, elevando novamente o número de casos e óbitos no mundo.
Empresas sofrem para encontrar mão de obra nos EUA
A saber, o recuo dos pedidos de auxílio-desemprego está acontecendo graças ao forte ritmo da vacinação no país contra a Covid-19. Ao mesmo tempo, os fortes estímulos fiscais praticados pelo governo americano também contribuem para o recuo das novas solicitações.
Contudo, muitas empresas ainda enfrentam desafios para encontrar mão de obra. Aliás, a escassez de mão de obra fez os EUA baterem um recorde de 9,2 milhões de vagas abertas em maio. Essa realidade ocorre devido a diversos fatores, principalmente a disponibilização de benefícios robustos aos desempregados e a dificuldade em conseguir creches para os filhos.
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