Os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos despencaram na semana encerrada em 4 de dezembro. A saber, houve 184 mil novas solicitações no período, o que corresponde a uma queda de 43 mil novos pedidos em relação à semana anterior (227 mil). Os números surpreenderam as projeções de analistas, que acreditavam em 215 mil novos pedidos no período.
Em resumo, as solicitações semanais são as menores desde setembro de 1969, ou seja, há 52 anos que os EUA não registram um número tão baixo de pedidos de auxílio-desemprego em uma semana. O Departamento de Trabalho dos EUA divulgou os dados nesta quinta-feira (9).
Vale destacar que especialistas consideram uma faixa de 200 mil a 250 mil novos pedidos semanais de auxílio-desemprego como indicador de um mercado de trabalho saudável. E os EUA caíram para um nível ainda menor que esse.
Em 2020, a pandemia da Covid-19 fez os pedidos de auxílio-desemprego dispararem no país. A título de comparação, o pico de solicitações durante a crise entre 2007 e 2009 chegou a 664 mil. Entretanto, esse nível representa menos de 10% do recorde de 6,867 milhões de pedidos registrados na semana encerrada em 28 de março de 2020.
Veja o que vem reduzindo os novos pedidos
A saber, a economia norte-americana ainda sofre com a escassez de trabalhadores. No final de setembro, o país ainda sofria com 10,4 milhões de vagas de emprego em aberto, segundo dados do governo. O valor só não superou o recorde alcançado em julho, quando as vagas abertas atingiram 10,9 milhões no país.
Em suma, a recuperação do mercado de trabalho norte-americano vem enfraquecendo esse cenário. No entanto, os EUA criaram apenas 210 mil postos de trabalho em novembro. O número ficou muito abaixo do valor de outubro (379 mil) e decepcionou as projeções de analistas, que acreditavam na criação de 573 mil vagas no período.
Por fim, os dados se mostraram bastante positivos na semana. Contudo, alguns especialistas afirmam que essa forte queda ocorreu devido às dificuldades de ajustar os dados do país às flutuações sazonais. Seja como for, o que resta é esperar pelas próximas divulgações do Departamento do Trabalho americano.
Leia Mais: Nubank estreia na Bolsa de Nova York nesta quinta-feira (9)