Os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos continuam em tendência de queda. A saber, na semana encerrada em 4 de setembro, as solicitações caíram em 35 mil, totalizando 310 mil pedidos na semana. Esse é o patamar mais baixo desde meados de março de 2020, mês da decretação da pandemia da Covid-19.
De acordo com o Departamento de Trabalho dos EUA, o resultado da semana confirma a recuperação do mercado de trabalho norte-americano. A propósito, os pedidos na semana ficaram abaixo das expectativas de analistas, que apontavam 335 mil novas solicitações no período. Aliás, o Departamento do Trabalho divulgou os dados nesta quinta-feira (9).
Vale destacar que especialistas consideram uma faixa de 200 mil a 250 mil novos pedidos semanais de auxilio-desemprego como indicador de um mercado de trabalho saudável. E os EUA continuam caminhando para esse patamar.
Em 2020, a pandemia da Covid-19 fez os pedidos de auxílio-desemprego dispararem. A título de comparação, o pico de solicitações durante a crise entre 2007 e 2009 chegou a 664 mil. Entretanto, esse nível representa menos de 10% do recorde de 6,867 milhões de pedidos registrados na semana encerrada em 28 de março de 2020.
Vagas de emprego em aberto batem recorde nos EUA
Os novos pedidos de auxílio-desemprego estão caindo nas últimas semanas. No entanto, a economia norte-americana segue sofrendo com a forte escassez de trabalhadores. Em julho, o país registrou um recorde de 10,9 milhões de vagas de emprego em aberto, segundo dados do governo.
Atualmente, cerca de 8,4 milhões de pessoas estão oficialmente desempregadas no país. Em resumo, o que explica esse cenário são os seguintes fatores: dificuldade em conseguir creches para os filhos, medo de contrair o novo coronavírus e benefícios robustos disponibilizados aos desempregados.
A expectativa é que a escassez de mão de obra diminua ainda neste mês. Isso porque os auxílios-desemprego financiados pelo governo chegarão ao fim. Aliás, isso acontecerá na próxima segunda-feira (13). Mas o otimismo está bastante cauteloso.
Por fim, a Delta, variante mais transmissível já sequenciada do novo coronavírus, continua elevando os números de casos e mortes em todo o planeta, inclusive nos EUA. Algumas regiões no país voltam a adotar medidas restritivas e há bastante incerteza com a volta às aulas das crianças. Tudo isso também afeta o mercado de trabalho americano.
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