Os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caíram na semana encerrada em 25 de dezembro. A saber, houve 198 mil novas solicitações no período, o que corresponde a uma queda de 8 mil novos pedidos em relação à semana anterior (206 mil). Os números vieram abaixo das projeções de analistas, que acreditavam em um aumento para 208 mil novos pedidos no período.
Em resumo, as solicitações semanais não são as menores desde o início da pandemia. Contudo, os dados surpreendem, porque o país está vivendo uma nova onda da Covid-19, com a transmissão acelerada da variante Ômicron. Por isso que os economistas acreditavam que haveria alta em vez de queda dos pedidos.
A propósito, o Departamento de Trabalho dos EUA divulgou os dados nesta quinta-feira (9). Vale destacar que especialistas consideram uma faixa de 200 mil a 250 mil novos pedidos semanais de auxílio-desemprego como indicador de um mercado de trabalho saudável. E os EUA estão com dados bastante parecidos a esse intervalo.
Em 2020, a pandemia da Covid-19 fez os pedidos de auxílio-desemprego dispararem no país. A título de comparação, o pico de solicitações durante a crise entre 2007 e 2009 chegou a 664 mil. Entretanto, esse nível representa menos de 10% do recorde de 6,867 milhões de pedidos registrados na semana encerrada em 28 de março de 2020.
Disseminação da Ômicron preocupa
A saber, o número de pedidos de auxílio-desemprego tende a subir em períodos de clima frio. Contudo, os EUA estão sofrendo com uma escassez de trabalhadores nos últimos tempos. Isso explica a queda pouco comum dos registros. Aliás, a taxa de desemprego no país está em 4,2%, menor patamar em 21 meses.
Os EUA chegaram a registrar um recorde de 11 milhões de vagas em aberto no final de outubro. Nesse cenário, salários mais altos estão ajudando a manter os gastos do consumidor em nível elevado no país. Inclusive, como a dificuldade ainda é muito grande de encontrar trabalhadores, as empresas se mostram dispostas a pagar mais para manter seus funcionários.
Contudo, a expectativa para o futuro é de incerteza. Em suma, a disseminação da variante Ômicron está fazendo os EUA reviverem os dias de recordes de caso. Aliás, os números estão conseguindo superar a terrível onda do inverto anterior no país. Resta aguardar para saber o quanto a Ômicron afetará a maior economia do planeta.
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