Os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caíram na semana encerrada em 19 fevereiro. A saber, houve 232 mil novas solicitações no período, o que corresponde a uma redução de 17 mil novos pedidos em relação à semana anterior, quando houve 249 mil solicitações.
O recuo veio levemente abaixo das estimativas de analistas, que projetavam uma queda de 14 mil novos pedidos no período, para 235 mil. Aliás, as solicitações vêm caindo há cerca de um mês, após os EUA registrarem em meados de janeiro uma máxima de novos pedidos em três meses.
Em suma, a redução nos casos de Covid-19 estão reduzindo as novas solicitações de auxílio-desemprego no país. Em suma, os EUA estão registrando uma média de pouco mais de 78 mil novas infecções diárias de Covid-19, bem abaixo dos mais de 600 mil registros diários há um mês.
Vale destacar que os especialistas consideram uma faixa de 200 mil a 250 mil novos pedidos semanais de auxílio-desemprego como indicador de um mercado de trabalho saudável. E os EUA estão com dados dentro desse intervalo.
Pedidos de auxílio diminuem em meio a redução dos casos de Covid-19
Em 2020, a pandemia da Covid-19 fez os pedidos de auxílio-desemprego dispararem no país. A título de comparação, o pico de solicitações durante a crise entre 2007 e 2009 chegou a 664 mil. Entretanto, esse nível representa apenas 10,8% do recorde de 6,149 milhões de pedidos registrados em abril 2020.
A situação não se repetiu em 2021 graças ao avanço da vacinação e à redução dos casos e mortes provocados pela Covid-19.
Já nas primeiras semanas de 2022, o recrudescimento da crise sanitária elevou os novos pedidos temporariamente. Contudo, a tendência de queda se confirmou há algumas semanas, uma vez que as infecções por Covid-19 no país também seguem em queda.
Além disso, os EUA vem sofrendo há meses com a escassez de trabalhadores. Esse cenário também está limitando o aumento dos pedidos de auxílio-desemprego no país, pois muitas empresas estão segurando os seus funcionários devido à dificuldade em encontrar mão-de-obra.
No final de novembro de 2021, os EUA tinham 10,6 milhões de vagas em aberto. A escassez de mão de obra e os impactos provocados pela Ômicron ainda afetam o mercado de trabalho americano e os novos pedidos de auxílio-desemprego.
Embora esse cenário ainda provoque incertezas, o país criou 467 mil empregos no setor privado em janeiro. O resultado surpreendeu os analistas, que projetavam a criação de 150 mil empregos no mês.
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