O número de novos pedidos de auxílio-desemprego caiu nos Estados Unidos e manteve a tendência de queda. No total, as solicitações chegaram a 364 mil na semana encerrada em 26 de junho. A saber, este recuo é o segundo seguido, após a alta dos pedidos registrada há duas semanas.
De acordo com o Departamento de Trabalho dos EUA, que divulgou os dados nesta quinta-feira (1º), os novos pedidos superaram os 415 mil novos pedidos registrados na semana anterior. Da mesma forma, a quantidade superou as projeções de economistas, que indicavam 390 mil novas solicitações.
Com a soma desse resultado, a média das últimas quatro semanas teve leve queda de 398 mil para 393 mil novos pedidos. Aliás, o nível registrado na semana encerrada em 26 de junho é o menor desde 14 de maio de 2020, quando houve 282 mil pedidos de auxílio-desemprego nos EUA.
Vale destacar que estes dados vieram a público um dia antes da divulgação sobre a criação de vagas nos Estados Unidos em junho. O Departamento do Trabalho americano também divulgará os dados, que vêm prendendo a atenção dos mercados globais há dias.
A propósito, a pandemia da Covid-19 fez os pedidos de auxílio-desemprego dispararem nos EUA. A título de comparação, o pico de solicitações durante a crise entre 2007 e 2009 chegou a 664 mil. No entanto, esse nível foi menos que 10% do recorde de 6,867 milhões de pedidos registrados na semana encerrada em 28 de março de 2020.
Empresas sofrem para encontrar mão de obra nos EUA
No cenário atual dos EUA, o recuo dos pedidos de auxílio-desemprego acontece graças ao forte ritmo da vacinação no país contra a Covid-19. Também não há como esquecer os estímulos fiscais praticados pelo governo americano, que contribui para o recuo das novas solicitações.
No entanto, muitas empresas continuam enfrentando desafios para encontrar mão de obra. Aliás, a escassez de mão de obra fez os EUA baterem um recorde de 9,3 milhões de vagas abertas em abril. Essa realidade ocorre devido a diversos fatores, principalmente a disponibilização de benefícios robustos aos desempregados e a dificuldade em conseguir creches para os filhos.
Por isso, governadores de, pelo menos, 26 estados norte-americanos estão finalizando o subsídio dado a desempregados pelo governo federal, mesmo com o vencimento ainda para setembro. Assim, esperam que os trabalhadores voltem a buscar empregos no país.
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