Os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos recuaram na semana encerrada em 12 de março. A saber, houve 214 mil novas solicitações no período, o que corresponde a um recuo de 15 mil novos pedidos em relação à semana anterior, quando houve 229 mil solicitações.
O recuo veio mais forte que as estimativas de analistas, que projetavam 220 mil novos pedidos no período. O Departamento do Trabalho norte-americano divulgou os dados nesta quinta-feira (17).
Com o acréscimo deste resultado, a média móvel de quatro semanas caiu de 231,750 mil para 223 mil pedidos. Em resumo, este dado suaviza a volatilidade das solicitações e apresenta um dado mais próximo da realidade atual do mercado de trabalho do país.
Além disso, o número de pedidos continuados ficaram em 1,419 milhão. Isso representa uma queda de 71 mil pedidos em relação à média revisada da semana anterior. A propósito, estes dados são relatados com uma semana de atraso.
De acordo com especialistas, uma faixa de 200 mil a 250 mil novos pedidos semanais de auxílio-desemprego é considerada um indicador de um mercado de trabalho saudável. E os EUA estão com dados dentro desse intervalo.
Demanda por mão de obra reduz pedidos de auxílio
Em 2020, a pandemia da Covid-19 fez os pedidos de auxílio-desemprego dispararem nos EUA. A título de comparação, o pico de solicitações durante a crise entre 2007 e 2009 chegou a 664 mil. Entretanto, esse nível representa apenas 10,8% do recorde de 6,149 milhões de pedidos registrados em abril 2020.
Em 2021, a situação caótica não se repetiu graças ao avanço da vacinação e à redução dos casos e mortes provocados pela Covid-19. Contudo, os EUA vêm sofrendo há meses com a escassez de trabalhadores, e este cenário está limitando o aumento dos pedidos de auxílio-desemprego no país.
Na verdade, muitas empresas estão segurando os seus funcionários devido à dificuldade em encontrar mão-de-obra. No final de dezembro de 2021, o país tinha quase 10,9 milhões de vagas em aberto, número bem próximo do recorde registrado em julho, quando o país registrou 11,098 milhões de postos não preenchidos.
Embora o cenário ainda provoque incertezas, o país criou 678 mil empregos no setor privado em fevereiro. O resultado surpreendeu os analistas, que projetavam a criação de 440 mil empregos no mês.
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