O número de novos pedidos de auxílio-desemprego caiu nos Estados Unidos. No total, as solicitações chegaram a 360 mil na semana encerrada em 10 de julho. A saber, este avanço sucede o avanço registrado na semana anterior, quando os pedidos saltaram de 350 mil para 386 mil.
De acordo com o Departamento de Trabalho dos EUA, que divulgou os dados nesta quinta-feira (15), os novos pedidos vieram em linha com as projeções de economistas, que indicavam justamente 360 mil novas solicitações na semana.
Com a soma desse resultado, a média das últimas quatro semanas teve leve queda de 397.500 para 377.750 novos pedidos. Aliás, todos estes resultados superam o registrado em 14 de março de 2020, quando houve 282 mil pedidos de auxílio-desemprego nos EUA. À época, a pandemia da Covid-19 estava no início.
A propósito, a crise sanitária fez os pedidos de auxílio-desemprego dispararem nos EUA. A título de comparação, o pico de solicitações durante a crise entre 2007 e 2009 chegou a 664 mil. No entanto, esse nível foi menos que 10% do recorde de 6,867 milhões de pedidos registrados na semana encerrada em 28 de março de 2020.
Empresas sofrem para encontrar mão de obra nos EUA
No cenário atual dos EUA, o recuo dos pedidos de auxílio-desemprego acontece graças ao forte ritmo da vacinação no país contra a Covid-19. Também não há como esquecer os estímulos fiscais praticados pelo governo americano, que contribui para o recuo das novas solicitações.
No entanto, muitas empresas continuam enfrentando desafios para encontrar mão de obra. A saber, a escassez de mão de obra fez os EUA encerrarem maio com 9,2 milhões de vagas abertas no final de maio. Essa realidade ocorre devido a diversos fatores, principalmente a disponibilização de benefícios robustos aos desempregados e a dificuldade em conseguir creches para os filhos.
Por isso, governadores de, pelo menos, 26 estados norte-americanos finalizaram o subsídio dado a desempregados pelo governo federal, mesmo com o vencimento ainda para setembro. Assim, esperam que os trabalhadores voltem a buscar empregos no país.
Por fim, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, afirmou ontem (15) esperar que “os ganhos de empregos sejam fortes nos próximos meses, à medida que as condições de saúde pública continuam melhorando e alguns dos outros fatores relacionados à pandemia que atualmente pesam diminuam”.
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