A Procuradoria Regional Eleitoral anunciou o arquivamento de um pedido de investigação sobre a mudança do domicílio eleitoral do ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato a governador de São Paulo. Na ação, o partido alegou que a transferência deveria ser anulada. Isso, tendo como base a decisão sobre o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), que foi impedido pelo TRE de ser candidato por São Paulo.
Assim como publicou o Brasil123, na quinta-feira (08), o PSOL protocolou, por meio de seu advogado, no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), um pedido de indeferimento da mudança de domicílio eleitoral do candidato.
Todavia, apesar do argumento, o canal “Globo News”, além de revelar que o Ministério Público Estadual apura, em um inquérito que corre em sigilo, a transferência de domicílio do candidato do Rio de Janeiro para São Paulo, informou que a procuradoria informou que não foram apresentadas provas suficientes para a anulação.
“O autor da denúncia não juntou provas que contraponham a documentação apresentada por Tarcísio Gomes de Freitas à Promotoria Eleitoral”, afirmou a procuradora, completando ainda que uma “notícia de falsidade envolvendo a transferência de domicílio eleitoral de Tarcísio Gomes de Freitas poderá ser investigada em específico inquérito policial, instaurado por requisição do Promotor Eleitoral com atribuições, se presente justa causa”.
Segundo assessoria, Tarcísio de Freitas, que é apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), possui contrato de aluguel em São José dos Campos, no Vale do Paraíba. Com isso, a mudança de seu domicílio eleitoral se deu de forma legal.
“Tarcísio tem contrato de aluguel em seu nome, em São José dos Campos, e apresentou no devido momento toda a documentação prevista em lei para a mudança de domicílio”, disse a assessoria.
Em contrapartida, o PSOL afirma que o ex-ministro, na realidade, tem sua vida em Brasília e, por isso, não poderia se candidatar por São Paulo, estado este que ele pretende ser eleito como governador.
“Vivendo em Brasília e aqui exercendo suas atividades familiares e profissionais há muito tempo (inclusive no exercício de diversos cargos na estrutura federal na Capital), essencial, portanto, averiguar quais foram os motivos, e quais são as provas do preenchimento dos requisitos que autorizaram a transferência acontecida”, disse a legenda, em uma ação que foi assinada por Juliano Medeiros, presidente do partido e autor da ação.
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