A equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai apresentar nesta terça-feira (29) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de Transição. De acordo com o jornalista da “Globo News” Valdo Cruz, o texto irá prever que as despesas com o Auxílio Brasil fiquem fora do teto de gastos por quatro anos.
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De acordo com o jornalista, apesar da proposta referente ao Auxílio Brasil, que voltará a ser chamado Bolso Família, prever quatro anos, as negociações podem fazer com que esse prazo seja diminuído pela metade, chegando assim a dois anos.
Hoje, a PEC é a principal aposta da gestão Lula para que seja possível bancar o pagamento de R$ 600 para o Bolsa Família, uma das principais promessas da gestão Lula durante a campanha eleitoral. O presidente Jair Bolsonaro (PL) também fez a promessa, mas prevê no orçamento um benefício de apenas R$ 405.
Até o momento, a PEC de Transição ainda não tem um relator e, por isso, será apresentada por Marcelo Castro (MDB), senador e relator do orçamento para o próximo ano. Conforme Valdo Cruz, o posto de relator da proposta vem sendo reivindicado pelo senador Davi Alcolumbre (UB), presidente da Comissão de Constituição e Justiça, por onde começará a tramitar o projeto.
Em entrevista ao jornalista, um dos aliados de Lula disse que “a ideia é propor quatro anos” justamente para poder fechar em dois, em um projeto que terá entre os negociadores o presidente eleito que, assim como publicou o Brasil123, chegou em Brasília na noite de domingo (27) para cumprir uma agenda cheia de compromissos nesta semana.
Dentre esses compromissos está a negociação para que o teto de gastos seja elevado em R$ 150 bilhões no ano que vem, além de mais R$ 25 bilhões fora do teto. De acordo com Valdo Cruz, além da negociação sobre o orçamento, também existe a expectativa de que Lula anuncie os primeiros nomes das pessoas que irão fazer parte de seu terceiro mandato como presidente da República.
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