A PEC da Transição vem chamando a atenção de muitos economistas nos últimos dias e é fundamental para que o Brasil melhore as condições de vida da população. Contudo, por ser uma regra jurídica e econômica, muitas vezes parece difícil de entender o que os políticos estão propondo e como isso muda a vida das pessoas.
Por isso, hoje vamos explicar para você o que é a PEC da Transição, como está o andamento dela e como ela pode mudar a sua vida diretamente.
O que é a PEC da Transição?
PEC é uma sigla para Projeto de Emenda à Constituição. Em palavras mais simples, será uma mudança na lei do Brasil. Pelo fato de ser um projeto proposto pela equipe de transição do novo governo, ficou conhecida como a PEC da Transição. O projeto trata de assuntos importantes, como o aumento do Auxílio Brasil e também o reajuste do salário mínimo.
A ideia da PEC da Transição é mudar as regras dos gastos do Governo Federal. Hoje, o Brasil pode gastar de acordo com algumas regras, que estão em outra lei, a do Teto de Gastos. Com isso, a PEC é uma lei que altera outra lei.
Segundo o Teto de Gastos, o Brasil poderia gastar um valor determinado com benefícios sociais, saúde, educação, segurança e outras áreas. A PEC da Transição quer retirar o pagamento do Auxílio Brasil (Bolsa Família) do Teto de Gastos. Caso isso seja feito, será possível aumentar o valor do Auxílio Brasil para R$600 de forma definitiva.
Além disso, a PEC da Transição, ao retirar o valor do Auxílio Brasil do Teto de Gastos, abre espaço para que haja um reajuste real do salário mínimo, como propõe a equipe econômica do governo. Por outro lado, o projeto prevê um gasto de muito dinheiro, o que pode levar o país a ter uma inflação elevada, o que levaria a juros ainda mais altos. Na prática, os financiamentos e os empréstimos ficariam mais caros também.
O que precisa para o projeto ser aprovado?
Para o projeto da PEC da Transição ser aprovado, é preciso que um parlamentar apresente o projeto oficialmente. Atualmente, o que se tem hoje é um texto pronto, mas que não entrou em discussão. Segundo Marcelo Castro (MDB-PI), o senador escolhido para apresentar o projeto, isso deve ser feito amanhã, 29.
Após a apresentação do projeto, o texto precisa andar de forma muito rápida no Legislativo. Isso porque a PEC da Transição precisa ser aprovada duas vezes no Senado Federal e duas vezes na Câmara dos Deputados. Como o projeto é muito polêmico, os políticos que não concordam com ele podem segurar o andamento. Se isso acontecer, o projeto não seria aprovado e, em 2023, o Auxílio Brasil voltaria a ser de R$400 e o salário mínimo aumentaria apenas o percentual da inflação.
Por isso, o governo eleito tem pressa para aprovar a PEC da Transição. Com o projeto, ele passaria a cumprir as principais promessas de campanha. Além disso, poderia investir em programas interessantes ao país, como o Casa Verde e Amarela.