O Partido Comunista Brasileiro (PCB) lançou oficialmente neste sábado, dia 30 de julho, a candidatura de Sofia Manzano para a Presidência da República. O partido realizou convenção nacional em São Paulo. O nome de Sofia foi confirmado por aclamação.
O partido também lançou o nome de Antônio Alves para compor a chapa como vice-presidente.
Muito se debateu sobre a tentativa do PCB não lançar nenhum candidato e apoiar a chapa de Lula para a presidência da república, mas o partido rejeitou. Essa é a quinta eleição seguida em que o Partido Comunista Brasileiro não apoia o PT e decide lançar um candidato à presidência.
Segundo o PCB, desde o segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, o Partido dos Trabalhadores se aproximou muito mais da direita brasileira do que os grupos de esquerda, e por isso, como forma de retaliação, não vem apoiando as chapas do partido. O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, lidera a disputa ao Palácio do Planalto com 47% das intenções de votos, de acordo com a última pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta (28).
Conheça mais Sofia Manzano
Sofia Manzano nasceu em 1971, em São Paulo. Ela se formou em economia e atualmente é professora, se filiou ao PCB em 1989, aos 17 anos. Nos anos seguintes, atuou no movimento estudantil na PUC-SP.
Em 2014, foi candidata a vice-presidente na chapa encabeçada por Mauro Iasi (PCB). A dupla ficou em penúltimo lugar, com 47.845 votos (0,05%).
O parceiro de chapa de Sofia, Antônio Alves, é jornalista e ainda não tem experiência eleitoral. Ele começou na política por meio do movimento sindical. Em 2018, foi coordenador da campanha de Fausto Ripardo, candidato ao Senado pelo Piauí.
A chapa de Sofia apresenta modificações bastante revolucionárias para a política brasileira, desde o fim do Senado Federal e a criação de um Senado Unicameral. Além disso, a proposta forte da chapa do PCB é o congelamento dos preços dos itens que compõem a cesta básica e também a proposta da redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais, mas sem alteração no contrato salarial.
Além disso, o partido defende que a luta contra Bolsonaro não deve ocorrer apenas nas urnas: a ideia é que haja, também, uma “organização da força independente da classe trabalhadora”, com paralisação da produção e circulação de produtos.
Debate
Sofia Manzano vem cobrando, por meio de suas mídias sociais, a participação do PCB nos debates políticos, além disso afirmou que a legislação brasileira de televisão é muito antidemocrática. Segundo a candidata, o partido conta com fortes propostas para retirar o Brasil da crise, controlar a inflação e principalmente melhorar a distribuição de renda, a fim de minimizar os problemas causados pela desigualdade, agravados ainda mais com a crise da pandemia de Covid-19.