Eduardo Pazuello entrou de vez na briga para conseguir uma vacina contra a Covid-19. Em declaração dada hoje (9) no Palácio do Planalto, o ministro da Saúde disse que a vacinação pode começar ainda em dezembro com o imunizante fabricado pela farmacêutica Pfizer/Biontech.
Segundo ele, a empresa fabricante da vacina precisa conseguir uma “autorização emergencial” junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Só assim, segundo o general, a Pfizer conseguiria pular o processo natural da homologação da vacina, que é de pelo menos 60 dias
Pazuello explicou ainda que a farmacêutica precisa garantir a entrega de um primeiro lote de doses da vacina contra a Covid-19. Com essas garantias, seria possível imunizar os grupos de risco até janeiro de maneira emergencial.
A expectativa é de que 500 mil doses sejam distribuídas nessa primeira etapa de fabricação. Isso, pelo menos, segundo o atual acordo entre o governo e a farmacêutica.
A briga de Pazuello
O ministro da Saúde começou a protagonizar a busca por uma vacina contra a Covid-19 nesta semana, após anúncio do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de um plano paulista de imunização.
Antes, tanto Pazuello quanto o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) faziam oposição à ideia de vacinar os brasileiros. O presidente, inclusive, chegou a dizer que faria uma live para ler as contra-indicações dos imunizantes. “Quem quiser tomar, vai tomar sabendo das consequências”, disse ele à época.
Agora, a vacina ganha contornos de ativo eleitoral nos bastidores da política brasileira. Bolsonaro e João Doria, nomes fortes para o pleito em 2022, tentam galvanizar as forças para se projetar como o melhor candidato à presidência da República.