O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, deveria comparecer para o depoimento sobre a CPI da Covid-19, doença que já deixou mais de 412 mil mortos. Sua entrevista deveria ser na tarde desta quarta-feira (05), no entanto, enviou uma carta dizendo que se encontrou com pessoas infectadas e que não poderia aparecer.
Para a maioria dos internautas, essa foi uma chance de fugir das verdadeiras responsabilidades. Ele é um dos principais alvos da CPI visto que esteve liderando o Ministério da Saúde por 10 meses antes de Marcelo Queiroga. Foi durante sua administração que o número de casos cresceu de forma expressiva e se alastrou para a liderança do novo ministro. Também é acusado de, juntamente com Bolsonaro, não realizar as compras de 60 milhões de doses oferecidas pela Pfizer em 2020.
Atualmente, cerca de 1 bilhão de doses já foram entregues em escala mundial e, no Brasil, apenas 6,9% da população recebeu as duas vacinas, número equivalente a cerca de 14 milhões.
Na última semana, Pazuello foi visto no shopping sem fazer o uso de máscara. As fotografias foram tiradas por Jaqueline Bastos que publicou em suas redes sociais ao apresentar a contradição do ex-ministro.
O depoimento foi marcado para o dia 19 de maio. De acordo com os coordenadores, todos devem se apresentar presencialmente para evitar complicações. Não haverá, portanto, como ele depor online como foi sugerido.
“Desculpa de Pazuello não serviu”
O senador Wellington Fagundes (PL-MT) disse que a justificativa do ex-ministro da Saúde não convenceu. Outros, chegaram a comparar Pazuello com Bolsonaro em 2018 quando levou uma facada na barriga e não conseguiu comparecer a nenhum dos últimos debates.
Mandetta afirmou que alertou a todos os riscos da doença e disse que era perigosa, trouxe para seu depoimento uma carta que enviou para o presidente com todos os alertas.
Teich, que veio para o substituir quando Mandetta saiu, argumentou que não iria sujar a carreira com as falácias e por isso desistiu do cargo de ministro.