A empresa PayPal anunciou nesta quarta-feira (8) que irá comprar a companhia japonesa Paidy. A saber, o negócio chegou a US$ 2,7 bilhões e faz a empresa de pagamentos se fortalecer ainda mais no mercado de “compra agora, pague depois” (BNPL, sigla em inglês).
Em resumo, a pandemia da Covid-19 afetou fortemente o planeta. A crise sanitária modificou a maneira de trabalhar, de se relacionar e até mesmo de fazer compras. E a PayPal tenta dominar justamente este novo cenário, que traz cada vez mais pessoas realizando pagamentos bem depois das compras realizadas.
Vale ressaltar que a rival da PayPal, a Square, comprou a companhia australiana Afterpay por US$ 29 bilhões no mês passado. De acordo com especialistas, essa aquisição representa possivelmente a consolidação do setor BNPL no mundo.
A crise sanitária fez milhões de pessoas perderem seus empregos e empurrou ainda mais pessoas para o endividamento. Por isso, o setor de pagamentos posteriores vem crescendo firmemente nos últimos tempos.
Compra da Paidy é estratégica para a PayPal
Em suma, a PayPal comprou a Paidy para fortalecer sua expansão no Japão. A saber, o volume de compras on-line no país triplicou nos últimos dez anos. Com isso, o volume chegou a US$ 200 bilhões. No entanto, dois terços da população ainda realizam todas as compras em dinheiro, segundo a PayPal.
A aquisição da Paidy, que possui mais de seis milhões de usuários e oferece diversos serviços aos usuários, se baseou justamente na mudança de perfil dos consumidores japoneses na última década. Aliás, a Paidy permite que os clientes comprem on-line e paguem posteriormente através de transferência bancária ou em lojas de conveniência.
“Uma das coisas notáveis sobre o mercado japonês de BNPL em comparação ao dos Estados Unidos ou Europa é que a maioria dos usuários resolve o seu saldo pendente até o fim do mês em um único pagamento. No Japão, acumular dívida é mais mal visto”, explicou Ejii Taniguchi, economista da consultoria Japan Research Institute.
Em síntese, as empresas de pagamento posterior, como a PayPal, cobram taxas aos comerciantes para oferecer pequenos empréstimos. Assim, os consumidores pagam sem juros, mas o valor já tem sido elevado para cobrir as taxas extras.
Por fim, a pandemia vem impulsionando o setor de BNPL. A propósito, diversas empresas acabaram forçadas a migrar para o PayPal, que atualmente conta com mais de 400 milhões de pessoas com contas ativas.
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