Paulo Guedes, ministro da Economia, afirmou nesta quinta-feira (10) que o governo federal pode estudar a criação de um subsídio ao diesel. Isso, caso a guerra da Ucrânia, invadida pelo Rússia, se prolongue. Assim como vem publicando o Brasil123, a invasão russa aconteceu há 15 dias e, desde então, tem acarretado em seguidas altas no petróleo, visto que a Rússia, um dos principais exportadores de petróleo no mundo, não está mais vendendo o produto.
‘Esquece esse troço’, diz Paulo Guedes sobre o congelamento de preços de combustíveis
Segundo Paulo Guedes, até o momento, as medidas aprovadas pelo Senado Federal e também a isenção do PIS-Cofins sobre o diesel são suficientes para amortecer o preço. No entanto, eventuais novas altas poderão fazer com que o governo tenha que agir de maneira mais direta no caso.
“Nós vamos nos mover de acordo com a situação”, relatou Paulo Guedes. “Se a guerra se resolve em 30 ou 60 dias, a crise estaria mais ou menos endereçada. Agora, vai que isso se precipita e vira uma escalada? Aí sim, você começa a pensar em subsídio para o diesel”, afirmou o ministro.
A declaração de Paulo Guedes aconteceu na noite desta quinta, depois que ele saiu de uma reunião com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que também falou com a imprensa e negou que o governo esteja estudando para mudar a política de preços da Petrobras.
Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a paridade no preço do petróleo, que faz com que o valor suba ou desça conforme o preço do barril do produto no mercado internacional. Mais cedo, a estatal brasileira divulgou que, a partir desta sexta-feira (11), o litro diesel estará 24,9% mais caro, passando de R$ 3,61 para R$ 4,51, ou seja, um aumento de R$ 0,90.
Medidas para frear o aumento dos combustíveis
Nesta quinta, o Senado aprovou duas medidas para tentar frear a alta nos preços dos combustíveis. A primeira é a criação de uma Conta de Estabilização dos Preços dos combustíveis (CEP). A segunda é a alteração da regra de incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, que terá um valor único nacional. De acordo com o governo, os dois projetos, juntos, podem reduzir até R$ 0,60 no preço do litro do diesel.
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