Paulo Guedes, ministro da Economia, afirmou nesta quarta-feira (25) que, com a inflação acumulada do ano, é possível conceder um reajuste de até 5% para servidores públicos federais. A declaração do chefe da pasta foi dada durante a participação dele no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.
“Perdas acontecem: tem uma guerra e as pessoas perdem um pouco. Todo mundo perdeu, no mundo inteiro. O que você faz é questionar: daqui pra frente, é possível manter? A inflação acumulada desse ano foi 5% até agora. É possível repor o funcionalismo desse ano? Sim até 5% dá. Essa que é a conversa hoje lá”, disse o ministro.
Na última sexta-feira (20), Esteves Colnago, secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, afirmou que um eventual reajuste na porcentagem dita por Paulo Guedes pode elevar o bloqueio total do orçamento de 2022 para até R$ 16,2 bilhões.
Hoje, o governo estuda um reajuste linear de 5% para os servidores Públicos federais. De acordo com informações do portal “G1”, a decisão sobre os aumentos precisa ser tomada até o fim de junho, visto que este é o prazo constado na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Na semana passada, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), disse que seu governo está se esforçando ao máximo para encontrar um espaço no orçamento e, assim, conseguir contemplar os servidores públicos federais com um reajuste salarial.
Segundo os estudos econômicos, um aumento geral de 5% teria um custo estimado em R$ 6,3 bilhões ao Executivo. Além disso, o governo também gastaria mais R$ 1,7 bilhão com a reestruturação das carreiras – essa quantia já está reservada no Orçamento.
Paulo Guedes fala sobre a Petrobras
Em Davos, Paulo Guedes também comentou sobre mais uma demissão na Petrobras. Assim como publicou o Brasil123, José Mauro Ferreira Coelho foi o terceiro chefe da estatal dispensado durante a gestão Bolsonaro.
Para Paulo Guedes, a mudança foi normal e aconteceu por conta da troca recente no Ministério de Minas e Energia. Bento Albuquerque foi demitido e, em seu lugar, entrou Adolfo Sachsida. “O presidente indica o ministro. O ministro indica o conselho. O conselho indica o CEO e a diretoria. E o CEO e a diretoria que falam de política de preços”, resumiu o ministro na Suíça.
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