Paulo Guedes, ministro da Economia, afirmou nesta sexta-feira (10) que os servidores públicos federais não terão seus salários reajustados neste ano. O prazo para a confirmação de um aumento ou não vai até o final deste mês. A declaração do ministro foi feita durante a participação dele na 2ª edição do Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Paulo Guedes participou do evento de maneira virtual, pois está em Los Angeles, no Estados Unidos, junto do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ambos participaram da Cúpula das Américas – Bolsonaro inclusive, assim como publicado mais cedo, teve um encontro com o presidente americano.
“O governo federal não conseguiu dar aumento de salários, mas reduziu impostos para 200 milhões de brasileiros, ao invés de ajudar só o funcionalismo, que ajudou nessa guerra. Logo ali na frente, vai ter aumento para todo mundo, vamos fazer reforma administrativa. Mas agora está em guerra também”, disse Paulo Guedes.
O Brasil123 vem acompanhando desde o começo do ano a tentativa do governo federal de encontrar uma forma de reajustar os vencimentos dos funcionários públicos sem que o teto de gastos seja extrapolado. Na última terça-feira (07), Bolsonaro comentou sobre o assunto e, assim como Paulo, deu a entender que o reajuste não deve sair neste ano.
“Pelo que tudo indica, não haverá reajuste para servidores públicos neste ano”, disse o chefe do Executivo. Antes dessas declarações, o governo federal vinha trabalhando com um possível aumento de 5% nos vencimentos dos funcionários públicos federais, o que custaria R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos.
No entanto, os sinais deste aumento foram sumindo. Nesta semana, por exemplo, o Ministério da Economia anunciou ter desistido de manter no Orçamento a reserva de R$ 1,74 bilhão para pagar uma parte do reajuste dos servidores do Executivo Federal.
Antes do anúncio de que muito provavelmente não será possível conceder um reajuste, categorias e servidores como os do Banco Central e do Tesouro Nacional, já estavam reclamando da probabilidade de um aumento de 5%, dizendo que o acréscimo era “insuficiente”. Por isso, esses grupos estavam ameaçando manifestações e até greves com o intuito de pressionar o governo.
Leia também: Paulo Guedes fica no ministério em um eventual 2°mandato, diz Bolsonaro