O deputado federal Paulo Eduardo Martins, representante eleito pelo PSC (Partido Social Cristão) do Paraná, fez uso na última terça (06) de seu perfil oficial na rede social Twitter para comentar uma informação divulgada sobre o currículo do desembargador Kassio Nunes Marques, indicado por Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Paulo Eduardo Martins escreveu que: “Segundo o Estadão, a Universidade espanhola nega existência de curso de pós graduação que Kassio Marques diz ter feito. Como já disse, é preciso investigar a veracidade das informações oferecidas por esse Sr. O cheiro não é bom”.
Na sequência, o deputado afirmou: “A universidade informou que Kassio Nunes fez um cursinho de 4 dias”. Por fim, completou que: “O jornal afirma categoricamente ter entrado em contato com a universidade. O método para mentira é outro. É bom acompanhar”.
O tema da crítica
Ao longo do dia foi divulgado que a Universidade de La Coruña, na Espanha, negou que o desembargador Kassio Nunes Marques, que foi indicado à uma vaga no Supremo Tribunal Federal, tenha realizado um curso de pós graduação na instituição.
O currículo do desembargador, publicado no site do Tribunal Regional Eleitoral da 1° Região (TRF-1), incluía a pós em “Contratación Pública”, pela Universidade de La Coruña, na Espanha. No entanto, segundo o jornal Estado de São Paulo, houve uma negativa indicando que a instituição: “Não ministrou nenhum curso de pós graduação com o nome de Postgrado em Contratación Pública”.¹
Além da negativa, a Universidade encaminhou a cópia de um certificado que atestava que Kassio Nunes participou, como ouvinte, de um curso com duração de quatro dias no período de 01 a 05 de setembro, no ano de 2014, com o nome de “I Curso Euro-Brasileiro de Compras Públicas”, que havia sido realizado na Escola de Direito do local.
Repercussão
A notícia repercutiu e foi comentada por vários internautas, incluindo o palestrante e tradutor Bernardo Kuster, que adjetivou a notícia como “frakássio”. A própria postagem de Paulo Eduardo Martins contou com críticas e poucos apoios.
Em várias redes, os apoiadores do governo não aprovaram o nome de Kassio Nunes, que foi indicado para substituir o decano Celso de Mello, com saída antecipada para o dia 13 de outubro.
O decano completará 75 anos em 1° de novembro de 2020, idade em que os ministros do Supremo são obrigados por lei a se aposentarem. Cabe então ao Presidente indicar um nome para substituí-lo, que deverá passar por sabatina no Senado.
A expectativa dos apoiadores era de que um nome conservador e que representasse os anseios dos eleitores do presidente fosse indicado – mesmo que não houvesse garantia de aprovação.
¹ Fonte: Brasil sem Medo
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