O pastor Silas Malafaia, religioso apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), chamou nesta terça-feira (07) o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, de “esquerdopata”. Além disso, ele desaprovou os líderes religiosos que eventualmente compareçam ao evento Paz e Tolerância nas Eleições, marcado para acontecer na noite desta terça a fim de firmar um termo de cooperação entre os representantes de diversas religiões e representantes da Corte na luta contra as fake news.
“Eu só acredito que um líder religioso vá aparecer na reunião hoje se ele for alienado, está por fora desses fatos ou é esquerdopata. Um líder religioso que sabe das coisas não vai cair nesse jogo. Nós não vamos ser usados por esses interesses mesquinhos”, disse Silas Malafaia em um vídeo publicado no Youtube.
Ainda na gravação, o ministro questionou Edson Fachin, perguntando se ele acha que os evangélicos são “idiotas” e afirmou que o ministro quer, organizando o evento, “blindar o tribunal” e “isolar” Bolsonaro. Não suficiente, o pastor, além de voltar a chamar Edson Fachin de “esquerdopata de carteirinha”, afirmou que foi ele quem “soltou Lula”, e “fez campanha para a ex-presidente Dilma Rousseff ser eleita”.
“Somente por isso ele conseguiu uma vaga no STF”, disse o pastor, que fez uma publicação no Twitter sobre o encontro dizendo que a “representação evangélica na reunião política do ministro Edson Fachin” é de “0,00001” do total.
Em nota, o TSE afirmou que os termos de cooperação não têm prazo de vigência pré-determinado e preveem que as lideranças religiosas se comprometam a promover ações como conscientizar as pessoas sobre a tolerância política e sobre a importância em se respeitar os pensamentos divergentes. Segundo o tribunal, o material entregue aos líderes religiosos que comparecerem ao evento deve ser publicado em breve para que todos tenham acesso.
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