A Polícia Civil prendeu um pastor evangélico, de 37 anos, nesta quinta-feira (04), suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas em Passos, Minas Gerais. De acordo com a corporação, ele teria entrado para o crime depois que sua igreja foi fechada por causa da pandemia da Covid-19.
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Ainda segundo a entidade, o suspeito abriu um salão de beleza e usava o espaço como ponto de venda de drogas. Os investigadores chegaram até o pastor, que não teve o nome divulgado, ao longo de uma investigação que teve início há dois meses.
Em entrevista ao portal “UOL”, Marcos Pimenta, delegado responsável pelo caso, revela que as investigações constataram que havia um negócio de cocaína, crack e maconha que levava drogas de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, para alguns pontos de Minas Gerais.
“Foram realizadas duas prisões. Durante essas prisões, o nome de um pastor veio à tona”, contou o delegado. Ainda de acordo com ele, os homens presos anteriormente foram capturados com 30 kg de maconha, 4 kg de cocaína e 800 g de crack, que estavam dentro de um veículo importado.
“Continuamos a investigar e tivemos a confirmação da participação do pastor. No início, ele tinha uma igreja em Santa Luzia (MG). Fechou pela pandemia. Então, abriu um salão e começou a traficar. Foi tomando conhecimento e começou a buscar drogas diretamente em São Paulo”, explicou.
Pastor montou uma rede do tráfico
O sucesso do pastor no mundo do tráfico foi tão grande, que ele passou a buscar jovens e adolescentes, que eram abastecidos para vender em vários pontos da região. “Ele passou a financiar o tráfico. Ia em Ribeirão buscar o entorpecente e o vendia em Passos. Então, passou de comprador a revendedor”, continuou o delegado.
Ainda de acordo com Marcos Pimenta, um dos policiais que participaram da prisão do pastor frequentava a antiga igreja dele, e revelou que o acusado é bastante conhecido na região. “O culto dele era grande”, teria dito o agente.
O delegado acrescentou que o religioso segue à disposição da Justiça e que as investigações continuam. Ele deve ser indiciado, no mínimo, pelo crime de tráfico de drogas, podendo pegar até 15 anos de prisão.
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