Existem diversos fatores que influenciam no preço das passagens aéreas, um dos principais é o valor do combustível. Para efeito de análise, cerca de 40% dos custos totais das companhias aéreas está relacionado ao gasto com combustíveis, sendo assim, qualquer nível de redução no preço dos combustíveis reflete diretamente no valor das passagens.
Nesse sentido, a Petrobras anunciou, hoje, uma redução de 11,6% nos preços de venda de querosene de aviação para as distribuidoras. O novo preço para o querosene de aviação entrou em vigência já no dia 1º de janeiro. No ano de 2022, o combustível sofreu uma impressionante alta de 58,8% até novembro, tendo uma redução de 5,8% em dezembro, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).
Ainda, segundo o comunicado emitido pela Petrobras, o preço do querosene da aviação sofreu uma queda de 22,5% desde julho. O principal motivador da queda foi a desoneração dos impostos federais sobre os combustíveis, que acabou incluindo o querosene da aviação. Um outro ponto é que o preço do petróleo no mercado internacional vem se reduzindo, o que também contribuiu para a queda do preço do querosene.
Segundo dados divulgados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), as passagens aéreas estavam entre os 50 itens que tiveram as maiores altas de preço em 2022. A alta foi de mais de 24% no ano, impactando o bolso dos consumidores.
Ministra do Turismo pretende reduzir preço das passagens
Nesta segunda-feira, a nova ministra do Turismo, Daniela Carneiro, afirmou que buscará implementar algumas políticas para incentivar o turismo no Brasil e, entre essas medidas, está inclusa a redução do preço “exorbitante” das passagens aéreas no país, que vem sofrendo aumentos expressivos desde o início da pandemia, em 2020.
“Um outro aspecto [que deveremos resolver] para fortalecimento do turismo é resolver com urgência o problema do valor exorbitante das passagens aéreas, o que dificulta o incentivo ao turismo. Vamos trabalhar [com] os demais ministérios para solucionar essa questão”, disse Daniela, sobre o aumento das passagens aéreas.
A ministra também comentou sobre o orçamento da pasta para 2023. “Um ponto de atenção para nossa gestão é a recomposição orçamentária. Nosso grupo de transição se surpreendeu com o orçamento anual para 2023, previsto em R$19 milhões. Uma redução de impressionantes 74%. Vamos trabalhar para mudar essa realidade, contando com o apoio dos parlamentares para esta missão”, afirmou Daniela Carneiro, ministra do Turismo do governo Lula.
Daniela também lembrou que o turismo é responsável por mais de 50 atividades econômicas e que, até o início da pandemia, representava 8% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. “Este é um percentual impossível de ignorar e que pode e deve ser ainda maior, alcançando a estatura de todo o potencial brasileiro, um país que é único no mundo a ostentar seis biomas”, afirmou.
Por fim, a ministra afirmou a necessidade de promover um turismo mais inclusive. “Fortalecer o turismo significa gerar mais renda, emprego e combater a fome. E fomentar o turismo regional é levar mais desenvolvimento para todos que ali vivem. É mais qualidade de vida e mais dignidade para nossa população”, completou.