O volume de vendas da Páscoa deverá atingir a marca de R$ 2,16 bilhões neste ano. Pelo menos é o que aponta a previsão da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Este resultado representa um crescimento de 1,9% das vendas do comércio varejista em relação ao ano passado. Contudo, o faturamento ficará 5,7% menor que o registrado em 2019 (R$ 2,29 bilhões), quando o planeta ainda não enfrentava a pandemia da Covid-19.
Por falar nisso, a crise sanitária provocou a perda de milhões de empregos em todo o planeta, afetando a renda de milhares de famílias. Com isso, os gastos realizados não só na Páscoa de 2021, mas em diversas datas comemorativas, despencaram. No entanto, a melhora do quadro da pandemia vem permitindo a recuperação de diversos setores econômicos.
A saber, a Páscoa é a quinta data comemorativa mais importante do varejo brasileiro. Ela fica atrás apenas do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.
Valorização do real eleva importação de chocolates
Segundo a CNC, a queda do dólar em relação ao real foi muito positiva para a Páscoa. Em suma, a valorização do real impulsionou a importação de chocolates, que chegou a 1,43 mil toneladas neste ano. A taxa ainda está abaixo do número de 2019 (1,87 mil toneladas), mas o setor vem mostrando um forte desempenho em 2022.
“O volume de importação de produtos típicos costuma ser um importante indicativo da expectativa do varejo para a data. Ainda não alcançamos a recuperação plena, mas o crescimento mostra que seguimos no processo de retomada”, disse o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Por outro lado, as importações do bacalhau, que também é muito procurado durante a Páscoa, tiveram uma forte queda de 17% neste ano. “É um indício de que o setor está apostando na melhor saída de produtos mais baratos a partir da aceleração dos índices gerais de preços”, avaliou Fabio Bentes, economista da CNC responsável pela pesquisa.
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