O partido Rede Sustentabilidade impetrou uma ação nesta terça-feira (18) no Ministério Público Eleitoral (MPE). O motivo: um pedido para que a campanha do presidente da República Jair Bolsonaro (PL) seja punida por promover um suposto ato político-eleitoral no Palácio da Alvorada no encontro com personalidades do mundo sertanejo. A legenda afirmou que a representação também será levada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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Na ação, o partido afirma que Bolsonaro, na figura de candidato à reeleição, “promoveu um evento público de apoio político-eleitoral, envolvendo artistas de envergadura nacional, nas dependências do Palácio da Alvorada (bem/prédio público, caracterização sem qualquer sombra de dúvida)”.
Nas últimas semanas, a campanha de Bolsonaro tem feito um movimento que tem por intuito recrutar pessoas influentes que o apoiam para que sua campanha possa dar uma guinada. Isso porque o presidente quer virar a disputa eleitoral – no primeiro turno, ele foi derrotado pelo ex-chefe do Executivo Luiz Inácio Lula da Silva (PL).
Assim como publicou o Brasil123, na segunda, Bolsonaro se encontrou com músicos como Leonardo, Gusttavo Lima e Zezé de Camargo no Palácio da Alvorada, em Brasília no Distrito Federal. Depois do encontro, que foi transmitido nas redes sociais, Bolsonaro fez uma declaração à imprensa no salão de entrada do Palácio anunciando o apoio dos artistas.
Na ação entregue ao Ministério Público Eleitoral, o partido Rede Sustentabilidade pede para que seja instaurado uma investigação e que ocorra a responsabilização de Bolsonaro “na condição de agente público e na condição de candidato”. Segundo informações do canal “CNN Brasil”, já no pedido ao TSE, que será apresentado na quarta-feira (19), o partido pede que a campanha do presidente seja multada.
Não suficiente, a legenda Rede Sustentabilidade solicita “a imediata expedição de determinação ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República para que não utilize o Palácio da Alvorada e nenhum outro bem estatal para atos públicos de campanha político-eleitoral”. Essa não é a primeira vez que Bolsonaro é acusado de utilizar o seu cargo para atos de campanha.
Em setembro, por exemplo, o PDT entrou com uma ação acusando o presidente de ter usado seu discurso durante a assembleia-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para promover seu governo durante as eleições. Por conta da ação, o presidente acabou sendo proibido de veicular sua aparição no evento, realizado em Nova York, nos Estados Unidos, em suas propagandas eleitorais.
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