Luciano Bivar, presidente do União Brasil, afirmou neste domingo (11) ter sido pego de surpresa com a declaração do deputado estadual de Goiás Amauri Ribeiro, que confessou ter financiado acampamentos em quartéis ocupados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com Luciano Bivar, ele vai submeter à Executiva nacional do partido a situação do deputado estadual por Goiás por conta da declaração. “Levaremos à Executiva para reprimi-lo”, disse ele em entrevista ao canal “CNN Brasil”.
“Fomos surpreendidos com essa inominável declaração. O União repudia veementemente qualquer ato ou manifestação que agrida a democracia”, afirmou Luciano Bivar, que ainda disse que a manifestação do deputado de seu partido dá “ideia dos ativistas desse movimento golpista”. No entanto, ele diz que o parlamentar não terá uma punição sumária.
Assim como publicou o Brasil, o deputado virou notícia no meio da semana por conta de uma declaração polêmica feita durante uma sessão na Assembleia Legislativa do estado (Alego). Na ocasião, ele afirmou que deveria estar preso por ter financiado os acampamentos montados por apoiadores de Bolsonaro em frente a quartéis do Exército após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Amauri Ribeiro já era investigado pela Polícia Militar (PM) por ter divulgado nas redes sociais um vídeo em que afirmava que Lula “não tomaria posse no dia 1º de janeiro”. “Eu não vou debater aqui sobre a questão do coronel Franco, porque eu acredito que um dos deputados que tenham subido aqui e defendido esse coronel fui eu, sempre”, começou o deputado em sua declaração na última quarta (07).
“A prisão do coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem desse estado. Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso”, afirmou ele, que na sequência confessou ter ajudado financeiramente as pessoas que estavam nos acampamentos reclamando da vitória de Lula nas eleições.
“Respondendo ao senhor, deputado Mauro Rubem [PT], eu ajudei a bancar quem estava lá. Mande me prender. Eu sou um bandido, eu sou um terrorista, sou um canalha na visão de vocês”, disse ele, completando que levou comida, água e ainda ficou na porta dos quartéis por ser “patriota”. “Então, respondendo a sua pergunta, o dinheiro não veio de fora, veio de gente que acredita nessa nação e que defende esse país e não concorda com governo corrupto e bandido”, finalizou o deputado, em uma declaração que foi grava pela “TV Alego”.
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