Para o presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido), pessoas que dizem que precisam comprar feijão ao invés de um fuzil são idiotas. A declaração do chefe do Executivo foi dada nesta sexta-feira (27), no momento em que ele conversava com apoiadores no Palácio da Alvorada.
Para Bolsonaro, “todo mundo” tem que “comprar um fuzil”. A resposta foi dada logo após um apoiador do presidente perguntar se existia alguma novidade para caçadores, atiradores e colecionadores, também conhecidos como CACs.
“O CAC está podendo comprar fuzil. O CAC que é fazendeiro compra fuzil 762. Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. Povo armado jamais será escravizado. Eu sei que custa caro. Tem um idiota: ‘Ah, tem que comprar é feijão’. Cara, se não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar.”
Arma ao lado
No começo deste mês, durante uma live, Bolsonaro já havia dito sobre a importância, segundo ele, da pessoa se manter armada. Na ocasião, ele revelou que dorme sempre com uma arma próxima de sua cama.
“Eu não consigo dormir, apesar de toda segurança que tenho aqui, sem uma arma ao meu lado. Imagine quem mora longe, em lugares ermos”, disse Bolsonaro na oportunidade.
Na ocasião, ele repetiu uma frase semelhante a que disse nesta sexta (27), dizendo que estava “dando arma para o povo porque um povo armado é um povo que não vai ser escravizado nunca”.
Desde antes de ser eleito, Bolsonaro já dizia que iria facilitar o acesso da população a armas e munições. Nesse sentido, o governo do atual presidente editou uma série de decretos para viabilizar a medida. Um dos exemplos aconteceu em 2019, quando ele sancionou uma lei que ampliou a posse de arma dentro de propriedades rurais.
Porte de armas
Apesar das falas do chefe do Executivo, é sempre bom lembrar que, decretado em 2003, o Estatuto do Desarmamento no Brasil proíbe o porte de armas. Segundo a norma, para que o cidadão possa ter um objeto como este, ele precisa cumprir requisitos como a declaração de efetiva necessidade e aptidão psicológica.
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