O Papa Francisco expressou solidariedade com o povo de Mianmar neste domingo (7). O pontífice aproveitou a missa para dizer que está com a população do país e que deseja uma pronta resolução do conflito que dividiu o país nesta última semana. Pelo menos foi isso o que ele disse.
“Expresso minha solidariedade com o povo birmanês”, disse o Papa. Vale lembrar que até o ano de 1989, Mianmar era Birmânia. É justamente por isso que muita gente ainda se refere ao povo de Mianmar como povo birmanês. Mas isso não é uma regra.
Francisco esteve por lá em 2017 para uma visita oficial. Na época, o país ainda vivia o início do seu processo de democracia logo depois de décadas sobre uma ditadura militar. Agora, ele disse que tem “profunda preocupação com o que está acontecendo”. Mas não chamou o caso de golpe.
O golpe de estado em questão aconteceu na última segunda-feira (1). Na ocasião, militares tomaram o poder à força. Até então, quem estava lá na presidência era Aung San Sun Kyi. Ele venceu uma eleição de maneira democrática.
“Rezo para que aqueles que assumem responsabilidades no país se comprometam, com sincera disponibilidade, com o serviço do bem comum”, disse o Papa. Logo depois, ele pediu uma “coexistência democrática harmoniosa”.
Papa Francisco
Francisco é um Papa jesuíta que costuma se posicionar em várias questões de assuntos internacionais. Mesmo tendo cuidado para não tomar um caminho partidário, ele aparentemente gosta de se posicionar sobre assuntos polêmicos como este.
É por isso que ele já se envolveu em algumas polêmicas com alguns representantes políticos internacionais. Em geral, o Papa costuma estar mais ligado em pautas mais relacionadas com a esquerda como aquecimento global e desigualdade social.
Por isso, o Papa costuma receber críticas de alas mais conservadoras da igreja. Francisco assumiu o poder ainda em 2013. O argentino costuma ser muito popular e tem uma alta aceitação dentro da população mais pobre no mundo todo.