O Dieese revelou nesta quarta-feira (8) que a cesta básica ficou mais barata em 14 das 17 capitais pesquisadas em maio. Isso aconteceu devido as fortes quedas no preço do tomate, registradas em quase todas as capitais pesquisadas no mês.
No entanto, os outros itens que se destacaram em maio seguiram a trajetória oposta e ficaram mais caros que em abril. Veja abaixo quais foram os produtos que mais pesaram no bolso da população em maio:
1- Pão francês e farinha de trigo
Pelo segundo mês consecutivo, o pão francês também teve alta em todas as capitais pesquisadas. Isso aconteceu devido à redução da oferta de trigo no mercado externo, mais uma consequência da guerra na Ucrânia.
Além disso, a Índia também suspendeu as exportações de trigo devido a uma forte onda de calor que castigou o país no mês passado. Aliás, as maiores altas ocorreram no Rio de Janeiro (3,82%), em Salvador (3,79%) e Belém (3,66%).
Da mesma forma, a farinha de trigo, pesquisada no Centro-Sul do país, também ficou mais cara em todas as capitais pesquisadas. Os maiores avanços foram registrados em Vitória (8,33%), Goiânia (7,74%) e São Paulo (5,58%).
2- Leite integral
Por sua vez, o preço do leite integral também subiu em todas as 17 capitais pesquisadas, com destaque para Natal (7,63%), Recife (7,42%) e Vitória (6,80%). A alta ocorreu devido a menor oferta no campo e à competição por matéria-prima entre as indústrias.
O Dieese também revelou que o aumento da exportação do leite agravou a situação, uma vez que a importação diminuiu em maio. Ao mesmo tempo, a entressafra reduziu ainda mais a oferta de leite no país, impulsionando o preço do item no mês.
A saber, alguns derivados lácteos, como o queijo muçarela e o leite UHT, também ficaram mais caros em maio.
3- Farinha de mandioca
Pesquisa no Norte e no Nordeste, a farinha de mandioca fechou o mês passado em alta. Em suma, todas os locais pesquisados viram o item ficar mais caro que em abril, com destaque para João Pessoa (8,33%) e Salvador (3,26%).
O que impulsionou os preços em maio foram a baixa oferta do item e a forte demanda industrial. Essa relação sempre afeta os itens, que tendem a ficar mais caros quando a procura supera a oferta, justamente como ocorreu com a farinha de mandioca.
4- Café em pó
Os brasileiros ainda sofreram em maio com os altos preços do café em pó, cujo preço subiu em 13 das 17 capitais pesquisadas. Os principais avanços vieram de Natal (4,84%), Belém (4,48%) e Aracaju.
Por outro lado, os quatro locais que registraram queda no preço do item em maio foram: Campo Grande (-4,91%), Brasília (-3,06%), Vitória (-2,34%) e Rio de Janeiro (-1,67%).
Em resumo, as altas ocorreram devido ao preço internacional, que ficou ainda mais elevado em maio e pressionou o valor interno do café.
5- Feijão carioquinha
Por fim, o feijão carioquinha ficou mais caro em 12 capitais em maio. A saber, o tipo é pesquisado nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além de Belo Horizonte e São Paulo. As taxas variaram entre 0,10% em Brasília e 14,35% em Goiânia.
Em contrapartida, o feijão preto, pesquisado na região Sul e em Vitória e no Rio de Janeiro, caiu em todas as capitais, exceto em Florianópolis, onde o preço não variou. O recuo mais expressivo foi registrado no Rio de Janeiro (-4,20%).
A propósito, as capitais pesquisadas pelo Dieese são: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.
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