Na Itália, as pessoas estão mais cautelosas antes de decidir ter um filho. Pelo menos é isso o que mostra uma pesquisa do Instituto Nacional de Estatística (Istat). De acordo com os dados, essa falta de vontade já influencia o número de nascimentos.
Os dados oficiais mostram que nas 15 cidades mais populosas da Itália, o número de nascimentos caiu 20%. Isso se compararmos o ano de 2020 com o ano de 2019. A pandemia tem um sério papel nisso. Mas por razões diferentes.
Parte dos sociólogos afirma que a pandemia juntou e afastou as pessoas ao mesmo tempo. É que vários casais acabaram brigando muito e isso tende a diminuir a vontade de se fazer sexo. Portanto, o número de nascimentos desaba.
Por outro lado, há quem diga que essa queda na natalidade tem menos relação com atração sexual e sim com bom senso. É que os italianos estão decidindo não ter filhos neste momento. Isso porque boa parte acredita que não tem condições econômicas para isso agora.
Essa segunda teoria parece fazer mais sentido. Principalmente porque as vendas de camisinhas não registraram queda no ano passado no país. Assim, as pessoas seguem fazendo sexo, mas estão tentando ao máximo evitar ter filhos.
Crise na Itália
Mas não é de hoje que o Governo da Itália tem preocupação com a natalidade no país. É que a Itália vem registrando índices cada vez mais baixos neste momento. Há quem diga que é o país com a menor taxa de natalidade da Europa agora.
Isso preocupa principalmente quando se fala em projeções para o futuro. Com a possível grande queda da população, é provável que a Itália deixe de conseguir oferecer o caráter de bem estar social. É que queda populacional acaba atingindo a economia de um país.
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