A pandemia da Covid-19 não é algo do passado. Apesar de a crise sanitária estar bem mais controlada no Brasil, a situação não é a mesma ao redor do mundo. E o temor global com a nova variante ‘ômicron’ atingiu fortemente as bolsas globais nesta sexta-feira (26), inclusive os índices europeus.
Em resumo, a última sessão desta semana foi a pior em 17 meses para as bolsas da Europa. Na verdade, o dia ficou marcado pela aversão ao risco, com investidores prezando pela segurança. Aliás, o Ibovespa, principal índice acionário da Bolsa Brasileira, afundou mais de 3% na sessão.
Como vem sendo noticiado nos últimos dias, a variante ômicron do novo coronavírus foi declarada como uma variante de preocupação pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Com isso, se juntou às cepas alfa, beta, delta e gama, únicas, até então, consideradas variantes de preocupação.
Em resumo, estas cepas possuem maior transmissibilidade ou virulência ou até mesmo reduzem a eficácia das vacinas. Isso quer dizer que são as variantes mais preocupantes já sequenciadas. E o temor trazido com a ômicron se justifica, pois a variante possui dezenas de mutações na proteína spike, “chave” da maioria dos imunizantes.
Índices europeus despencam no dia
Com estas notícias sobre a nova variante da Covid-19, as bolsas europeias despencaram de um jeito que não acontecia há quase um ano e meio. Assim, o índice pan-europeu Stoxx Europe 600 tombou 3,67%, em sua sessão mais negativa desde junho de 2020. No acumulado semanal, o recuo chegou a 4,5%.
A propósito, este é o índice de bolsas da Europa e engloba 600 empresas de 18 países do continente, de pequeno, médio e grande porte. Aliás, o Stoxx representa certa de 90% das empresas europeias que estão listadas em bolsas de valores.
Na sessão, os outros índices também registraram grandes tombos. Os maiores deles foram os do Ibex-35, em Madri (-4,96%), do Ftse/Mib, em Milão (-4,60%), do CAC-40, em Paris (-4,15%), e do índice DAX, em Frankfurt (-4,15%). Também caíram no dia os índices FTSEurofirst 300 (-3,71%), Financial Times, em Londres (-3,64%), e PSI20, em Lisboa (-2,44%).
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