Já pensou em tirar dois dias de licença do trabalho para se dedicar aos cuidados com seu cãozinho ou gatinho adotado? Parece estranho, mas algumas empresas podem adotar a iniciativa para que o dono passe um tempo inicial junto ao animalzinho de estimação, para melhor adaptação.
Um jovem de 24 anos, que é operador de caixa de um petshop, em Natal (RN), ganhou dois dias de licença no trabalho para cuidar de sua cachorrinha recém adotada. Tenho o reconhecimento de “pai de pet”, o benefício pode ser usufruído com o intuito do tutor ajudar o animal na adaptação ao novo lar, minimizando estresse e até algumas doenças.
O benefício foi criado pela empresa de petshop Petz, em 2021 e apelidado, carinhosamente, de “Licença PETernidade”.
Importância da “Licença PETernidade”
De acordo com o operador de caixa, os dois dias de folga a ele concedido, sem prejuízos na remuneração, foi importante para ele observar o comportamento da cachorrinha, além de adaptar o ambiente para ela.
O jovem afirma que no tempo de adaptação pode ensinar ao animal o território que podia ser usado, evitando xixi no tapete, por exemplo.
Intuito da criação da “Licença PETernidade”
A licença, que já ganhou adesão de outras empresas, tem o intuito de incentivar a adoção responsável de animais de estimação. Além disso, o benefício promove o bem-estar animal e fortalece o vínculo entre o pet e seu tutor.
De acordo com a empresa Petz, em nota ao portal G1, mais de 50 colaboradores da companhia já usufruíram da licença desde 2021.
Outras empresas apoiadores do benefício
A empresa de telecomunicações Vivo aderiu à iniciativa em maio de 2021. A empresa acredita que a licença é uma forma aumentar o cuidado e a atenção do funcionário tutor com seu animal adotado, estimulando a adoção.
Dessa forma, a empresa acredita que é uma maneira de atrair e reter os talentos.
A empresa Royal Canin, fabricante de alimentos para cães e gatos, já realiza a concessão de uma folga aos seus funcionários, que se tornam tutores de pet, desde 2018. Em nota ao G1, a diretora de RH da empresa, Juliana Gonçalves, disse que o número de colaboradores tutores de pets aumentou durante a pandemia do coronavírus. Ela afirma que a empresa apoia que mais pessoas se beneficiem dos benefícios que a interação humano-animal proporciona.
Como funciona a “Licença PETernidade”?
Primeiramente é importante frisar que não há nenhuma lei na Consolidação das Leis do Trabalho que fala sobre o assunto. Entretanto, cada companhia possui seu próprio regulamento interno, podendo conceder, ou não, o benefício como forma de incentivo.
Para os funcionários de empresas que são adeptos à causa, ao realizar a adoção de um cão ou gato, o trabalhador deve apresentar ao RH a intenção de adesão à “Licença PETernidade”, comprovando por meio de documentos que comprovam a iniciativa como certificado de adoção emitido pela ONG. Então, será concedido o tempo de licença para cuidar e acompanhar o pet.
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